AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

SER SANTA NOS DIAS ATUAIS CONTINUA SER DIFÍCIL COMO NO PASSADO…

toda a afetividade que…

O patriarcado afastou a mulher de toda a interioridade, de toda a afetividade que não fosse relacionada com o homem e o filho.

O pai e o …filho!

A relação com as outras mulheres seria sempre um perigo para esse império do domínio do homem sobre a mulher.

Assim, além da divisão da mulher em duas – a eterna divisão da SANTA e da PUTA que continua a pairar sobre a cabeça de todas as mulheres, mesmo dizendo que não – criou-se a divisão entre a MÃE e a FILHA.

A diversão entre SANTA e PUTA…

A filha raramente tem mãe… ou sente na mãe esse afeto, esse amor, essa união, essa cumplicidade de mulheres, porque é na educação das meninas que as mulheres se tornam rivais e antagónicas e começa quase sempre com as mães (luta pela atenção do pai) … aí começa a raiva, a inveja, a luta psicológica por vencer a “outra” entre mulheres… por isso qualquer entendimento amoroso entre mulheres pode ser pejorativamente classificado de “homossexual” ou de anormal…

Ser uma mulher…

Mesmo entre irmãs a guerra é instalada ou pelo amor do pai ou mais tarde na luta por namorados, assim desde pequeninas… onde elas podem ver a negação da mulher no olhar do pai… o desprezo do pai pela mãe ou até a violência doméstica e por isso ela faz tudo para lhe agradar e ser diferente da mãe.

Ser uma mãe …

Ela sente-se culpada pois da mãe herdou a ideia/sentimento (ou complexo) de que tudo o que é da mulher em si, é sujo, é inferior, é insignificante e o seu amor-próprio é ridículo. Com as mães as meninas aprendem a ter nojo do sangue e da menstruação, do seu corpo e do seu sexo claro… porque isso é o que quase sempre as mães passam para elas…Medo e nojo. Medo e raiva. Medo e frustração. E assim elas estão cada vez mais longe de si como mulheres e tornam-se “as meninas do papa” ou as eternas meninas, submetidas e feitas para agradar aos homens.

São as Atenas, saidas da cabeça do Pai (Zeus, senhor do Olimpo onde as mulheres são engolidas como Métis)… as mulheres que negam a sua feminilidade essencial e se tornam ou mulheres fatais, lolitas ou executivas ou dominadoras ou bem sucedidas na vida…

Ser mãe e mulher…

Quanto às mães, é evidente que sempre houve e há grandes excepções…Há e houve grandes mulheres e Mães que conseguiram, apesar do peso da sua vida e das suas lutas, passar coragem e amor para as filhas, dar-lhes dignidade… ninguém põe em dúvida isso, mas a vvocês  interessadas em apontar os casos comuns e os mais dolorosos…

Assim, não é de estranhar que muitas mulheres sintam esse nojo ou repulsa pelas outras mulheres, mas esse é o nojo e a repulsa que tem de si mesmas pelo fato de serem mulheres e é em geral inconsciente. Passa por instintivo, mas é apenas uma defesa…

Ser mãe e SANTA…

Como nunca foram amadas pelas mães, elas não suportam esse sentimento vindo de outra mulher e isso reflete-se no espelho de outra mulher que lhe seja próxima, na amizade, por exemplo… e comumente ficam angustiadas pelo carinho dessa amiga, se ele for manifesto, independentemente de ser ou não um interesse sexual, mas é quase sempre interpretado como aberrante, a ternura entre mulheres.

Ser mãe e mulher sensual…

Repare como a amizade das mulheres em geral (e como se vê nos filmes) é tão exterior, tão fútil, tão brejeira, tão apenas a falar dos homens e nas experiências sexuais com eles e na competição e jogos em que apenas os homens são o foco e a intriga e a competição…

Que outros assuntos tratam as mulheres senão de homens e maneiras de os seduzir, ou ter filhos, etc?

Ensinar a ser SANTA e LINDA MULHER…

Casas e decorações, cosméticos, roupas, modas?

Não, elas não sabem de si mesmas, nem de si como Mulheres verdadeiras porque as mulheres se perderam delas mesmas e da sua alma…

As mulheres perderam a sua essência e não são cúmplices entre si nem da natureza MULHER…

IGOR HUNSAKER .

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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