AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

HOMENS E SUAS TOLICES…

A partir do momento que Filipe disse que o amor estraga o prazer, numa clara rejeição à declaração apaixonada que havia feito na noite passada, mudei da água para o vinho.

O chamego, as conversas, inclusive, as provocações no meio do dia, tudo isso foi substituído por algo muito mais trivial: a praticidade.

Demorou, mas caiu a ficha. Igual a todo homem, Filipe só queria sexo. Pois então era o que iria ter. Sem qualquer preliminar. Tudo muito rápido, superficial, grosseiro até. Depois de meia hora naquele rala e rola animal, praticamente amanhecia, quando bateu fome. Vesti apenas um robe e fui até a cozinha, em busca de alguma coisa doce. Algo que tivesse o poder de “curar” a amargura que trazia no peito. Vasculhando a geladeira, deparei com um pote de sorvete de pistache.  Meu preferido. Era exatamente o que precisava. Só que nessa hora, pressenti que não estava mais sozinha e a vontade foi momentaneamente esquecida. Logo, Filipe rodeou-me pela cintura, pressionando sua ereção contra meu traseiro. Não teve jeito. Minha raiva subiu na hora.

– Não cansou de trepar, não?

– Não vim atrás disso.

Foi a enigmática resposta de Filipe. Fingia procurar ainda algo para comer, quando desinteressadamente, disse.

– Ah, não…

Nesse instante, Filipe colocou as mãos na geladeira, cercando-me, para o caso deu fazer menção de fugir, aliás, era o que estava bem tentada a fazer. Não queria ver sua cara, pelas próximas 24 horas, de preferência.

– Vim a procurar da mulher que me enlouquecia com sua doçura e meiguice.

Cruzei os braços sobre os seios, assumindo uma postura arredia, teimosa.

– Cansei “dela”.

– Mas eu não!

– Ei…o que pensa está fazendo?

Não me contive e gemi, quando Filipe apanhou do freezer gelo em vez de sorvete, deslizando o cubinho sobre meus mamilos, endurecendo-os imediatamente. Percebi que não só de frio, mas de excitação também. Embora lutasse contra, Filipe mexia comigo, como nenhum outro. Por que tinha que ser tão idiota? Ele continuava torturando-me com o gelo, dessa vez, entre as pernas. Meu grelo nunca ficou tão sensível e molhado.

Quando me dei conta, permiti que me deixasse nua, o cubo derretendo feito passe de mágica. Inclinei a cabeça, completamente entregue no exato momento em que Filipe fez o impensável. Ajoelhado, abriu minhas pernas e me chupou ali mesmo, na escuridão da cozinha, em frente a geladeira ainda aberta. Comecei a rebolar feito uma puta. Filipe ficou um bom tempo, mordendo, sugando, dedando, como se tivesse imenso prazer em me fazer gozar. Onde tinha ido parar o homem que havia dispensado o amor e todas as outras emoções genuínas que vinham com ele? Respeito, companheiro, afinidade, carinho… Teria se arrependido do que havia dito? Se fosse esse o caso, estava mais do que disposta a perdoar e recompensá-lo por isso. Com um meio sorriso malicioso, foi a minha vez de tirar outro cubo de gelo, encostei nos seus lábios grossos, beijando-o vorazmente no processo. Com a boca, fiz com que o gelo deslizasse pelo pescoço, sentindo o gogó subir e descer num esforço para se controlar, pressionei a mão contra o peito másculo, deixando o gelo cair justamente lá. Na pica. Encarando-o no fundo dos olhos, coloquei-o na boca. Comecei devagar, lambendo de leve, chupando bem a cabecinha, sabia que esse gesto o enlouquecia. Num movimento brusco, Filipe afundou os dedos entre meus cabelos, ditando o ritmo da chupada. Com bastante velocidade. Com um olhar de safada dei uma mordidinha, tirando-o do sério a ponto de fazê-lo empurrar até o talo, forçando a engolir a pedrinha de gelo de uma vez só. Prestes a gozar, ele decretou um sonoro “Chega”, somente então, tirei a boca, levantei-me, fui até a mesa e fiquei de costas, a posição favorita dele! Filipe, por fim, bateu à porta da geladeira e veio por trás, dizendo.

– Assim, não. Vire-se!

Rapidamente, ele puxou-me para cima da mesa, logo enlacei-o pela cintura com as pernas até sentir seu pau enorme me cutucar.

– Tu é muito linda, anjo!

Diante daquela mensagem subliminar de romantismo, abracei-o pelo pescoço e Filipe meteu com tanta gana e apreço, enquanto falava coisas gostosas de se ouvir, que não aguentei e gemi alto de tanto prazer. Então, falei:

– Fazer amor não te torna menos homem.

Filipe roçou sua barba em meus seios, enquanto dizia:

– Só agora tenho certeza que não.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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