AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

UMA OPINIÃO DE QUEM NÃO TEM FILHA, MAS ANSEIA INTENSAMENTE TER…

Leia o desabafo de uma mãe desesperada que não consegue se entender com a filha adolescente. Esse é um conflito muito comum entre mãe e filha, e sempre é acompanhado de muita dor e sofrimento.

Neste e-mail vai o meu desabafo e meu pedido de ajuda, pois não tem sido fácil a relação com minha filha.

mulher-tristeTenho 40 anos, sou casada há 20 e tenho dois filhos, uma filha de 15 anos e um filho de 18. O meu filho já está na faculdade e trabalhando, minha relação com ele é normal. Ele é um menino amoroso e dedicado ao trabalho e aos estudos.

Meu maior problema se resume na relação difícil e descontrolada que tenho com minha filha. Simplesmente nós duas não conseguimos nos entender e eu já não sei o que fazer.

Se não fosse meu marido eu já teria mandado ela morar sozinha ou com os avós, vontade não me faltou.

Ela quer ter vida própria, não me escuta, não faz o que eu peço, não tem responsabilidade alguma, é muito respondona e rebelde. Além disso, não quer me obedecer e eu exijo obediência.

Ela é desorganizada, não posso contar com sua ajuda para nada.mae-e-filha-adolescente-discutindo

Eu fico me sentindo usada, explorada. Estou muito cansada desse tipo de conflito. Nunca tenho paz. Não passa um dia sem algum desentendimento.

Já tentei muitas estratégias. Não falar com ela. Deixar ela fazer tudo o que quiser sem cobranças. Mas nada disso melhora nossa relação.

Quero educá-la e mostrar a ela suas responsabilidades, que ela precisa colaborar, se esforçar nos estudos, ajudar nos afazeres domésticos. Tudo em vão.

Eu tive muitas dificuldades com minha mãe e não gostaria que isso se repetisse com minha filha.  Quero uma relação saudável com ela. Quero ser amiga, conselheira, companheira, mas ela não permite isso. Sinto que cada vez ela se afasta mais de mim.

Eu não gostaria que minha filha sofresse a ausência da mãe como eu sofri em relação a minha mãe.

Minha mãe foi sempre muito egoísta. Pensava somente nela. Nunca foi minha amiga. Só exigia coisas de mim e fazia cobranças. Nunca me senti amada pela minha mãe. Sempre desejei que ela cuidasse de mim.

Atualmente, raramente a vejo. Não tenho mais aquela necessidade de estar com ela. Ela não me faz falta. Quero viver longe dela. Não tenho boas lembranças da minha mãe.

Mas tudo o que eu quero é ser uma boa mãe para minha filha, demonstrar todo o meu amor a ela. Porém, sinto que isso está cada vez mais distante de acontecer.

Me ajude a me aproximar de minha filha e construir uma relação de amizade com ela, pois já não sei o que fazer, me sinto muito frustrada”. (L.J.S.)

mae-adolescente-conversa

Querida leitora, quero manifestar minha solidariedade a você nesse desabafo angustiante. Entendo sua dificuldade em se relacionar com sua filha e o quanto isso a tem feito sofrer.

Em seu relato você afirma que há um abismo entre mãe e filha, que as distancia e dificulta o diálogo.

Por outro lado, você também menciona sua incapacidade de se relacionar com sua própria mãe, dizendo até que não quer conviver com ela.

Sabe, desde o nascimento da menina, a trajetória mãe e filha é permeada por sentimentos e emoções complexas. É um misto de amor e ódio, disputas, expectativas, alegrias, cumplicidade, frustrações, ciúmes, mágoas, culpas, ressentimentos, poder, que vão se modificando ao longo do tempo.

Existem relações bem resolvidas entre mãe e filha, isso é possível. Mas o fato é, que há muitos casos de conflitos extremos, onde a convivência parece ser impossível.

Muitos desses conflitos têm origem na relação frustrante que a mãe construiu com sua própria mãe, e agora, tenta compensar com a filha, algo que gostaria de ter tido e não teve.

Isso faz com que a mãe fique refém de suas próprias carências e não consiga dar à filha aquilo que ela necessita. O resultado disso são as cobranças, insatisfações e frustrações na relação mal construída com a filha. A verdade é que ninguém dá aquilo que não tem.

A mãe inconscientemente acaba projetando na filha o tipo de relacionamento que manteve com a mãe e não será capaz de destinar à filha aquilo que não recebeu. O que infelizmente pode desencadear um círculo vicioso por gerações.

No íntimo, a mãe procura reviver a relação com sua mãe, agora no relacionamento com a filha. Como a filha tem sua própria individualidade o confronto começa.

Todo esse fardo emocional associado aos rompantes juvenis, acaba que por minar a construção de uma convivência saudável.

A mãe, ao gestar, projeta na filha, sonhos, expectativas, fantasias, impondo a ela, incumbências e encargos, que pesam nos ombros da criança e mais tarde na adolescente. Tirar essa carga da filha é uma questão de consciência da mãe.

Há também os desentendimentos entre pai e mãe que muitas vezes acabam por despejar suas frustrações nos filhos.

Quanto à filha adolescente, ela está se descobrindo nessa fase, buscando sua própria identidade. É um momento de muitas dúvidas e angústias.

Adolescente tristeA adolescente quer experimentar por si mesma. Ela tem seus desejos e expectativas. Quer tomar suas decisões, pois está construindo seu próprio mundo. A menina quer ser ouvida e respeitada por suas próprias opiniões. Ela quer ter seu espaço e ser reconhecida como alguém que pode decidir.

Entretanto, a mãe ainda a vê como sua menininha e acha que sabe o que é melhor para ela e como ela deve ser. Com isso, tenta impor sua vontade, pois a filha é só uma criança e deve obedecer.

Vejo muitas mães em conflito com a filha dizer: enquanto ela estiver sob a minha responsabilidade vai ser como eu quero!

Quando a individualidade não é respeitada a tendência é rebeldia, afronta, baixa autoestima, e ela passa a fazer qualquer coisa que a mãe não aprovaria.

Com interesses tão antagônicos são inevitáveis os conflitos de interesses. Se a mãe não tiver maturidade suficiente para contornar a situação, a convivência torna-se desastrosa.

Agora, também é verdade que os filhos nutrem muitas expectativas em relação aos pais e uma tendência a considerar mais as falhas do que os acertos. Essa tendência faz com que eles tenham dificuldades em reconhecer todo o bem que os pais fizeram e ainda fazem.

Pois bem, mãe angustiada, apresentei todas essas informações, porque, possivelmente, suas dificuldades em se relacionar com sua filha possui raízes bem mais profundas.

Você escreve de maneira muito clara, como foi e é, o seu convívio com sua própria mãe.

Eu entendo que você queira ser uma excelente mãe para sua filha e queira, sinceramente, se entender com ela.

Perceba que, para que isso aconteça, você terá que resgatar a filha que foi com relação à sua mãe. Pois assim, você entenderá a real situação que abala sua convivência com sua filha.

Negar a existência da mãe não é assim tão simples!

Como era a relação entre você e sua mãe? Como é a sua convivência com sua filha?

Há alguma semelhança?

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Uma vez consciente das suas limitações e carências, terá condições de lançar um novo olhar para sua filha.

Você é um espelho para ela!

Minha sugestão é que você busque no seu interior os motivos que te afastaram de sua mãe. Analise com cuidado quais as atitudes dela que feriram você a ponto de não querer vê-la.

Será que há alguma semelhança na história com sua filha? Uma boa terapia poderá ajudá-la muito nessa tarefa.

IGOR HUNSAKER.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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