AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

AS SANTAS QUE PUBLICAM SEUS RELATOS…

Quer acabar com a saúde mental e emocional de um resenhista?
Leia os meus superconselhos para alcançar esse objetivo…
Eu sei, eu sei.
Se você, que é relabora, deve estar se perguntando o que você pode fazer para deixar a pessoa que vai resenhar seu relato, seu caso, puta da vida com você.
A angústia é gigante, há tantas maneiras de irritar… qual seria a mais adequada?
Como selecionar?
Existe uma sequência?
Bom, não se aflijam.
Hoje, eu só paro de escrever quando a lista estiver completa.

1) Exija que a resenha seja gratuita e fique ofendida se a resposta for “não”

O papel do resenhista é servir apenas A VOCÊ. Desta forma, mande um e-mail bem arrogante, deixando claro o privilégio que O RESENHISTA tem em tocar os dedos no precioso nenê gestado por você. Ofereça o privilégio como pagamento. No caso de haver recusa, faça como o Quico e não se misture com essa gentalha incapaz de reconhecer um Jabuti de Literatura à distância.

2) Pentelhe o resenhista todos os dias da vida dele, até ele infartar

A sua meta deve ser lembrá-lo todos os dias de sua resenha até ele escrever. Ou infartar e morrer. Nesse caso, se ele não tiver gostado, você ainda pode conquistar o benefício de não ter uma resenha negativa. Ou você pode ser mandado à merda. Pra quem gosta de adrenalina, é uma excelente opção.

3) Não agradeça

Quando um resenhista recebe dinheiro, ele está sendo pago. Portanto, “obrigado” está fora de cogitação. Se não for pago, lembre-se de usar a estratégia de oferecer o privilégio da leitura no lugar de golpinhos (oba minhas etc.) e ignore que resenha gratuita é uma gentileza e não uma obrigação. Inclusive, use a seguinte frase “O universo gira em torno do meu livro”.

É digno de Nobel.

Alô, Suécia!

4) Não aceite a opinião e o difame

Caso você seja pega de surpresa por uma resenha negativa, não sofra e nem tente avaliar se há aspectos a serem construídos na sua obra a partir do ponto de vista do crítico. Você está pronta, seu filho é lindo e o resenhista é feio, bobo, chato e cara de melão. Diga isso pras pessoas. Confirme que aquele crítico/site/portal/mundo se aproveitam de sua nobreza. Mesmo que não consiga difamar ninguém, pode acabar gerando atenção para o seu livro e engando a galera que gosta da treta, fazendo-a comprar algo que pode nem ser tão bom.

Não há publicidade ruim, certo?

5) Diga coisas como “O pessoal da Folha não faria isso”

Diminua as pessoas. Diga “Isso que dá pedir pra gente pequena fazer as coisas”. Ofenda os resenhistas, chamando-os de descompromissados e lentos. Coloque-se como Hemingway e coloque os críticos como se fossem crianças se alfabetizando. É um comportamento bastante generoso, cortês e, com certeza, profissional.

***

Espero que as dicas tenham sido úteis.

Apenas após, como resenhista, ter vivido cada uma delas, fui capaz de elaborar este guia.

Longe de mim me colocar como a voz da verdade, o caminho da luz e da vida.

Mas, de verdade, se tem crítico chato por aí, pode ter certeza que também existe uma leva de autores pomposos e arrogantes, prontos para tornar a vida de qualquer resenhista uma sucursal do inferno.

No mau sentido, não no inferno das festas e tal.

IGOR HUNSAKER.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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