AS SANTAS E SUAS RELAÇÕES …
- 8 anos atrás
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- por hunsaker
Durante a atividade sexual a maioria dos casais heterossexuais tende a seguir um roteiro.
Normalmente um dos elementos inicia comportamentos como acariciar ou beijar que, no caso de percepcionar disponibilidade sexual do outro, são sucedidos por atos progressivamente mais erotizados até à estimulação oral ou digital dos genitais.
Dá-se então início à penetração e, eventualmente, aos orgasmos feminino e masculino.
Refiro-me às fases da resposta sexual de desejo, excitação e orgasmo.
Apesar de esta sucessão de fases da resposta sexual ser frequentemente discutível resume o que é tido como expectável, isto é, que a atividade sexual cessa quando o homem ejacula e que a ejaculação é o desfecho natural de uma transa.
A verdade é que a ideia de que a ejaculação finda a relação sexual é uma norma pré-estabelecida sobre a qual não refletimos muito.
Há vários motivos para que assim seja, sendo que o mais óbvio é evolutivo.
Sem emissão de esperma não há reprodução e inviabiliza-se a continuidade da espécie.
Contudo, grande parte da atividade sexual visa somente o prazer e não inclui fins reprodutivos – o que poderia pôr em causa semelhante convenção, mas não são observados sinais nesse sentido.
Atente-se que, por vezes, as relações sexuais terminam sem que se dê o orgasmo feminino, sendo que tal é ilegitimo e acarreta obviamente frustrações.
Já terminar uma relação sexual logo após o orgasmo da mulher e sem o equivalente masculino parece ilógico ou irrazoável – se não é (deveria ser).
Pelo menos não numa perspetiva de igualdade de gênero.
O modelo de resposta sexual foi construído à imagem masculina e impõe um cânone, fruto de centenas de anos de limitação do poder das mulheres e que quer homens, quer mulheres foram responsáveis por manter ao longo dos tempos.
Os homens impõem, as mulheres cumprem, o sistema alimenta-se.
Porquê?
As mulheres, que possuem “menos poder”, modelam e adaptam mais o seu comportamento do que os homens, detentores de poder.
Este ajustamento que implica, como já vimos, uma discrepância de gênero, é notório no campo da sexualidade.
Foi tão bem concebido e está tão intrincado na forma como se processam os relacionamentos que é aceite acriticamente.
A ideia de cessar uma prática sexual apenas porque a mulher já obteve um orgasmo afigurar-se-nos como simplesmente bizarra.
Mas será?
Já foram apontadas algumas causas: evolução, disparidade de poder entre gêneros, modelagem de comportamento (com subjugação ao prazer masculino).
Pode acrescentar-se mais uma – a culpa.
A eterna culpa cristã que postula que o prazer, sobretudo o feminino, é uma coisa feia.
A culpa, aliás, pode ter um papel importante no desenvolvimento de disfunções sexuais femininas .
O ideal seria o orgasmo simultâneo.
Uma vez que os homens não podem possuir orgasmos múltiplos, tal não ocorre sempre, seria lícito que os dias fosse priorizados para ela.
No entanto, até o exercício de imaginar uma transa sem ejaculação é custoso, como se fosse contra a sua própria definição.
É nonsense, um devaneio de sonhadores…
SERÁ ???
IGOR HUNSAKER.
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.
Não é necessário um pênis erecto para continuar uma relação sexual, ou será?! Porque seguindo esse raciocínio a relação também acaba quando pára a lubrificação e a dilatação da vagina. Use-se o corpo, usem-se as mãos, use-se a língua!!
Desculpe-me a intromissão, mas um homem não se sente fazendo sexo sem o pênis estar ereto.
É a expressão física mais contundente do seu desejo.
Se ele não tem ereção no sexo, ou ele não está afim, ou tem algum problema oculto, seja físico ou mental.
Sinceramente, não dá para entender o que você quer dizer e parece que você nem leu o que está sendo discutido…
“Não é necessário um pénis erecto para continuar uma relação sexual, ou será?!”
Fui claro e cristalino: não há sexo sem ereção para um homem.
Qual parte escapou da sua compreensão?
A questão é ser a ereção a legitimar a atividade sexual…
Como se sexo fosse igual a coito.
Não estará relacionado com o facto de que a reação imediata no pênis após ejaculação é a recolha e a diminuição do fluxo sanguíneo, extinguindo, na maioria dos casos a ereção?
Existem formas de um homem saber manter a ereção, a penetração e o prazer por longo tempo sem ejacular como se isso fosse o único propósito na visão patriarcal das nossas sociedades: ejacular o mais rápido possível assim que haja penetração!
Não é o que está a acontecer?
Ainda!!
Pois com o ejacular após pouco minutos de penetração acontece a recolha e a diminuição do pênis. Se o homem souber manter uma ereção prolongada sem intenção única de ejacular, assim gera mais prazer à parceira, que atinge eventualmente o orgasmo e porque não terminar por aí o envolvimento sexual entre os dois?
Penso que seja esse o assunto abordado no texto.
A mulher tem a vantagem de conseguir vários orgasmos poderá poderão querer prosseguir, ou simplesmente não.
Ou, até mesmo, tal como abordado no texto, fazer sexo sem o propósito único de ejaculação ou orgasmo.
Depois do orgasmo (feminino) a mulher tem (o dom) a oportunidade de ainda ter mais (quantos sejam), sem necessitar de descanso….já o homem, só “doppado”…
Se o homem atingir o orgasmo e a mulher quiser continuar a relação…que se continue…quer dizer…se o homem não quiser…”o que um não quer dois não fazem!!”…
E se deixarmos as pessoas escolher?! Temos sempre que polemizar as questões?! Tudo tem que ser uma questão de igualdade de género…no fundo tudo é!…vamos viver pres@s nisso?!
(a ponto de escrevermos palavras com @ no fim para não ofender ninguém…)
Não são essas “paneleirices” (raios…mais uma!!) que mostram o respeito!!
A Humanidade tem uma história de domínio do/no masculino – e mesmo assim sempre se disse que “por detrás de um grande homem está sempre uma grande mulher” – cabe a cada um e cada uma estabelecer os seus valores e assim reger aqueles com quem vive…principalmente o amor!!
Concordo contigo que as pessoas devem escolher.
Procurei somente enfatizar uma assimetria relacional que, a meu ver, vai muito além da resposta fisiológica.
Parabéns pelo artigo.
Mas é incrível, és Homem e escreves em forma de mulher.
Enfim.
Nem tanto… como homem, senti falta dos gerúndios. não sei se dá pra dizer que um texto de mais de 40 linhas sem pelo menos um verbo conjugado na estética possa ser classificado como de uma mulher, rsrs.
Ótimo texto, de qualquer forma.
O texto é universal,não de homem ou mulher, pelo que entendi, procurem adaptar a intenção (além de que o texto deve ser revisto pelo editores). Mas se te irritar podes sempre ler a revista playboy, sex, ele-ela, etc
Pelos vistos agora esta na moda escrever em enfoque feminino.
Ja tinha ouvido falar disto , provavelmente acontece porque estamos a ficar cada vez mais egoistas e parece que no sexo tambem , muitas das minhas parceiras sexuais queixam se bastante disto por parte dos seus anteriores parceiros , pessoalmente sempre foi adepto da filosofia tantrica e tambem adoptei uma tecnica que aprendi com uma tribo de caçadores e que adaptei a minha performance sexual ..eles correm atras da caça ate ela se cansar e só nessa altura é que se dá o climax da caça ..as vezes estão 2 dias a correr
“Todo o esperma é sagrado”, já diziam (cantavam) os Monty Python.
Desde que li este texto sinto urgência em ver o meu amante….
Oi, IGOR.
Penso muito nessas questões. Para mim, por exemplo, faz mais sentido continuar o sexo depois do homem ter seu orgasmo, se a mulher ainda não tiver tido, do que interromper a relação após o orgasmo de só uma pessoa..
Esses tempos vi o artigo que diz que em uma relação estável heterossexual a mulher tem orgasmo em apenas 63% das relações sexuais, isso me deixou bastante triste. Ainda temos um longo caminho pela frente.
Porque associo sim o fim da relação sexual com o orgasmo, acho bem importante ter orgasmos, você como psicóloga deve saber a quantidade linda de químicos que esse momento libera nos nossos corpos.
Olá Cristiane.
Gostei muito do comentário.
Apesar de não considerar que prazer é sinônimo de orgasmo creio que tanto homens como mulheres devem ter a possibilidade de o obter. Quis transmitir com o texto que a desigualdade de gênero pode ter implicações para a satisfação sexual das mulheres que, como referes, pode passar pela obtenção de orgasmo.
O estudo que enviaste refere, inclusivamente, que as mulheres em relações homossexuais obtinham orgasmo com mais frequência que aquelas em relações heterossexuais – o que não deixa de ser interessante.
Como bem sabe, a natureza nos fez diferentes.
Numa comparação tosca, homens são fogão a gás e mulheres, fogão à lenha. Fisicamente, de uma maneira que eu não saberia te precisar, é desconfortável para o homem continuar “engajado” após chegar ao orgasmo, ejacular.
Precisa de um tempo pra se recompôr.
Se a mulher tiver paciência para esperar uns minutinhos, (que não arriscaria dizer quantos, cada caso é um caso), tudo pode recomeçar, com os estímulos certos,
Até entendo que a mulher, com a lenha estalando em brasa se sinta prejudicada, mas não é necessariamente por machismo.
Com compreensão e conhecimento mútuo, os dois podem chegar à plenitude, seja no primeiro round, segundo, terceiro etc.
Acho que tocou num ponto chave – compreensão e conhecimento mútuo.
Há muitas formas de obter satisfação sexual, sendo que a comunicação pode ser um importante fator para a obter.
Precisamente por homens e mulheres terem respostas sexuais tão diferentes é que é necessária esta compreensão.
Procurei assinalar que o modelo que está na cabeça da maioria é consequência de um sistema patriarcal e que devemos ser críticos em relação a isso mesmo.
Não creio que estejamos sempre machismo, felizmente.
Muito obrigada pelo seu comentário.
Após o orgasmo, em geral, eu cesso de existir.
O corpo amolece, a vontade se esvai, entro em outra onda.
Se tentar esperar para voltar a ativa, acabo por dormir.
Comigo, a ejaculação é sinônimo de conclusão.
Sendo assim, se termina com o meu gozo, tem que começar com o dela.
Isso foi uma realidade que mantive pra mim desde sempre – e utilizando de tudo que tenho ao dispor, já que não sou dos mais duradouros na cama.
A relação feminina com isso varia.
Uma das minhas antigas namoradas era similar a eu em todos os quesitos.
Ela também desligava após seus orgasmos.
Sendo assim, com a gente era cada vez um.
E era quase matemático, contado, um pra lá, um pra cá.
Com outras, eu acabei por ter mais orgasmos.
Por mais que tentasse manter a equação, a própria garota parecia nutrir um prazer especial em me fazer atingir o orgasmo mais vezes do que ela mesma atingia.
ESTEVAM
Acredito que cada um deve viver a sexualidade como desejar, desde que tal não acarrete sofrimento para si ou para outrem.
Acrescento também que a satisfação sexual é um “direito” que assiste a todos os envolvidos.
As formas de lá chegar são múltiplas!
Portanto, desde que estejam satisfeitos, façam como preferirem.
À vez, um primeiro outro depois, desde que procurem ir de encontro aos desejos dos dois.
Não digo que deva se sentir culpado por gozar e ela não.
Mas ela também não deve sentir culpa por querer gozar, entende?
É que a nossa sociedade tende a definir que o prazer feminino é uma coisa feia, a que se associam frequentemente sentimentos de culpa.
Isto está tão instalado que é muito pertinente discuti-lo.
Entendi..
E não precisa se sentir culpado, você vai perceber na reação dela se ela curtiu…
Mesmo sem ter gozado!
Eu ja masturbei minha namorada e ela chogou lá e nem por isso disse: agora é minha vez, não fiquei satisfeito com aquilo…agora na cama mesmo,as vezes acontece de só eu gozar e não me sinto culpado por isso, acontece como quando acontece com ela, mas temos que ver que a busca da igualdade esta em não esquecermos as nossas diferenças e nossos corpos são diferentes.
Acho que a diferença não está necessariamente nos corpos em sí,mas sim em conhecer o corpo do outro,quando você dá prazer a alguém,essa pessoa vai retribuir o prazer sem você pedir,outra coisa esses tabus da sociedade já estão quase extintos,e é importante que a mulher também conheça o próprio corpo,por exemplo,o homem quando jovem se estimula sexualmente,masturba-se e mulheres também tem que fazer esse autoconhecimento,se tocar,se sentir…se ela não souber o que gosta e onde gosta como vai querer que o outro faça,a menos que ela estiver transando com um cara mais experiente que procure descobrir o que dá mais prazer àquela mulher.Eu conheço meu corpo e sei do que gosto,e se expressar é importante no sexo,se a mulher estiver satisfeita sexualmente o homem sempre tem a ganhar com isso,na verdade os dois ganham,depois que a mulher goza a transa fica bem mais interessante dá muito mais tesão.Cá entre nós sexo a dois é bem melhor do que quando só um atua,quando a mulher participa a transa cresce,e quanto a dominação masculina no sexo, eu discordo!mulher inteligente sabe dominar a transa,sabe ser desejada,e se souber o que fazer vai dominar o prazer masculino sempre,e isso é bem melhor do que o cara subir em cima,gozar e cair de lado e dormir,como eles faziam antigamente!era só pra goza mesmo…sem tesão,sem desejo,sem sedução,sem brincadeira,e nada compartilhado,e as mulheres se comportavam como se fosse bonecas infláveis,não gemiam,não se expressavam,nem pra bom nem pra ruim,não seduziam,só deitava e abria as pernas…que sem graça…eu tenho namorado e nossa relação é bem mais interessantes somos livres,espontâneos,e abertos um com o outro,fazemos o que nos dá vontade,mas ambos gostamos de sexo!!!e nem sempre eu chego lá,mulher tem isso,a gente pode achar a transa perfeita e ainda assim não chegar lá,a transa mais foda que tive na vida,e tenho 26 anos,não sou virgem desde os 20,foi uma que eu não gozei,e foi maravilhoso mesmo assim!teve outras que eu tava com aquele tesão e foi bem rápido,eu cheguei lá,e não estão no ranking das melhores!(desculpe algum erro de português escrevi rápido,tô no trabalho).
Concordo que é importante comunicar ao outro aquilo que se aprecia.
Não é, no entanto, sempre fácil.
Ou, pelo menos, não para todas as mulheres.
Mas quanto mais discutirmos isto melhor.
Uma vez me perguntaram “o que era uma mulher boa de cama”. E a minha resposta foi: é a mulher que está com vontade de fazer sexo!
Pode parecer clichê, mas o homem está sempre disposto ao sexo. Sua libido é alta devido a fatores hormonais e, sobretudo, psicológico. Afirmo isso de modo simplista. Em contrapartida, a maioria dos homens desconhecem a anatomia feminina e as suas interações psicológicas. O homem dificilmente consegue fazer sexo sem querer. A mulher, na pior das hipóteses, sim. Por isso acho questionável quando se afirma que o homem manda na cama (a não ser pela violência, mas aí é outro assunto). Portanto, cabe à mulher guiar o homem ao conhecimento… Mas para isso a mulher precisa libertar-se de sua autocensura. Quantas se encontram assim?
Uma vez me perguntaram “o que era uma mulher boa de cama”. E a minha resposta foi: é a mulher que está com vontade de fazer sexo!
Pode parecer clichê, mas o homem está sempre disposto ao sexo. Sua libido é alta devido a fatores hormonais e, sobretudo, psicológico. Afirmo isso de modo simplista. Em contrapartida, a maioria dos homens desconhecem a anatomia feminina e as suas interações psicológicas. O homem dificilmente consegue fazer sexo sem querer. A mulher, na pior das hipóteses, sim. Por isso acho questionável quando se afirma que o homem manda na cama (a não ser pela violência, mas aí é outro assunto). Portanto, cabe à mulher guiar o homem ao conhecimento… Mas para isso a mulher precisa libertar-se de sua autocensura. Quantas se encontram assim?
Resumidamente, o que tento dizer é que o homem vive, bem ou mal, em função da mulher (não vejo isso como um problema e vocês mulheres também não deveriam achar um problema). Eu costumo dizer que o discurso não pode ser divorciado da prática. Quando alguma mulher reclama de um homem mulherengo, rude e coisas do gênero, eu pergunto: por que você (e tantas outras) o corresponde? Depois digo: deixe o cara passar fome. Ou ele muda ou ele morre na seca. E para terminar digo para este tipo de mulher: de duas uma, ou você está mentindo sobre o perfil masculino que lhe agrada ou não sabe o que quer. Eu já disse em outros comentários que sou contra a guerra dos sexos… Mas fazendo troça do assunto, cá pra nós, nessa “guerra” a mulher madura sempre ganha (ainda bem!).
Perfeito!!! Até pq a mulher tem que parar com essa insegurança e esse medo de perder o homem que tem. Quando a mulher sabe negociar para manter o homem por perto, ela sempre terá o poder (não deve comprar o peixe podre de se igualar neste quesito)!
Encontram-se algumas, espero que cada vez mais.
Emmanuel, no entanto, aparecem cada vez mais homens com desejo sexual diminuído na prática clínica.
O homens não estão sempre dispostos ao sexo, tal é uma ideia que também pertence ao estereótipo de gênero masculino e que pode ser muito danosa para estes homens, que sofrem muito por irem contra ao que é ditado socialmente.
A aceitação da diferença ou a implementação de mais e mais diversos modelos favorece todos .
Olá, agrada-me esta conversa.
Na essencialidade o macho,via de regra, está sempre disposto ao sexo. O homem, como ser social, também. Contudo, há fatores que podem inibir a iniciativa: mesmo ele desejando, desiste (e eu poderia citar muitos). No geral, o homem sempre quer. Mas nem sempre pode, não se esqueça dos velhinhos “tarados”. Extrapolando o raciocínio, pode-se afirmar que essa tendência é que alimenta o mercado meretrício.
Ao que me parece não se caracteriza como estereótipo a disposição masculina ao sexo. Os que procuram ajuda clínica, pela baixa de libido, são exceções. Se este número está aumentando devemos atentar à estatística, senso de proporcionalidade.
Reforço que trata-se de minha perspectiva e que a troca de informações enriquece.
Fique bem!
Discordo que o homem está sempre disposto ao sexo Emmanuel. É o que se esperado de si, mas não necessariamente o que é, como ser humano. Espera-se dos homens que sejam hipersexuais, por oposição às mulheres de quem é esperado recato e passividade e, simultaneamente, sensualidade sedução. As exigências às mulheres são verdadeiramente paradoxais.
Da mesma forma, também não é esperado dos idosos que sejam seres sexuais – daí que quando expressam a sua sexualidade sejam apelidados de “tarados”. E nunca se fala de “taradas”, pois se assume que as mulheres, essas, com a velhice, perdem qualquer interesse pelo sexo quando, na verdade, a resposta sexual das mulheres declina muito menos com a idade do que a dos homens.
A sexualidade tem importância ao longo de todo o ciclo de vida.
Agradeço muito a sua perspectiva Emmanuel, é sempre muito bom trocar ideias.
Ao promover este debate procuro demonstrar minha oposição à guerra dos sexos. Quando refiro-me à disposição do homem ao sexo ( e afirmo que é verdade, por motivos óbvios) o faço como descrição de um fato e não a sua promoção de superioridade. Em muitos casos pode ser a nossa maior fraqueza. Saliento, também, que essa “hipersexualidade” não se traduz, necessariamente, em sair à procura de maior número de casos, pois isso envolve outras competências e aí, sim, há o risco do homem ser vítima da cobrança da “sociedade” por desempenho… Como eu disse antes: o homem sempre quer, embora nem sempre possa.
Sua negativa se baseia em qual evidência? Pois a minha evidência se baseia no fato de eu ser homem e na minha trajetória de vida: amizades e todo contexto social envolvido. E acredite, sempre troquei muitas ideias com mulheres a respeito.
Eu insisto, e não é de hoje, que a mulher possui um grande poder em todas as áreas. Se ela faz bom uso ou se possui conhecimento ou não de tal poder, já outra história.
Parece que você insiste em vitimizar a relação. Por favor, não interprete isso como depreciação.
Fantástico o texto, de uma sutileza sobre o assunto admirável, parabéns!
convido-lhe a ler meus textos também
Maria José você gosta de gozar?
adoro hahaha
Obrigada MARIA JOSÉ. Lerei
Esperava um olhar mais cientifico, com mais fontes e maior aprofundamento em relação a esse assunto. O texto em si deixa uma bela mensagem de que “a culpa é do machismo e da religião” ao invés de mostrar o Porque das coisas, ou seja, é mais fácil apresentar visões relativistas, confortáveis e incompletas do que mergulhar nos Poréns e claro, no final do texto dar uma encerrada “intelectualizada-poética-pseudo-científica” que por fim não leva a lugar nenhum.
Observe este trecho na qual diz sobre a redução de testosterona masculina no sangue e o Sono causado após a ejaculação: “Segundo a sexóloga Magda Gazzi, esta “soneca” se deve à prolactina, hormônio responsável por reduzir os níveis de testosterona no organismo. Ele é capaz de inibir o desejo sexual e desencadear a sonolência. “Na hora do orgasmo, há um aumento de prolactina. Ele atua no organismo ainda na fase de relaxamento e continua assim até uma hora depois da ejaculação. Por isso, os homens após o orgasmo, além do relaxamento causado pelo prazer, também sentem sono”, explica.”
Do ponto de vista biológico masculino, é complicado manter a relação após a ejaculação, mesmo porque o órgão genital perde a rigidez devido a essa queda dos níveis de testosterona, levando assim a finalização do ato e, pelo o que as blogueiras dizem, a insatisfação feminina. Sendo assim, por mais que o machismo tenha (pelo menos teoricamente) causado uma mudança no comportamento sexual feminino, não é plausível atribuir tudo isso a dominância masculina sendo que existem diversas variáveis evolutivas em jogo. Acredito que questões biológicas levam a cadeias de comportamentos, logo, seria mais interessante se aprofundar nessa questão do que simplesmente culpar os judaico-cristãos. Nessa parte, já vi que você atrelou a culpa da banalização sexual feminina de forma exclusiva ao cristianismo, o que de fato é uma visão míope da realidade, pois esse tipo de comportamento é mais antigo do que a própria bíblia.