AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

É um puta clichê, mas é exatamente o que somos um para o outro…

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A minha inspiração vem la do chuveiro, das linhas do corpo dela, da sombra e o reflexo que vem da janela em um sábado pela manhã. Por muito tempo lutei contra isso quando na verdade entendi que isso faz parte de mim. Não é um erro, não é um absurdo ou uma vulgaridade. É minha mente sendo o que ela é e as vezes ela parece não ser eu. Queria ter palavras bonitas para hoje, palavras que fizessem a chuva lá fora parar. Mas a única coisa que consigo pensar na verdade são os movimentos do quadril dela enquanto ela dança em cima de mim e a fumaça fazendo desenhos no ar.

Se eu tivesse tomado um atalho, uma rua estreita qualquer, que tipo de pessoa eu teria me tornado? Não sei, mas gostaria muito de saber. Pelo retrovisor vejo todas as pessoas que eu poderia ter sido e não fui. Vejo as gotas no meu para-brisa e aquelas ruas vazias chegando perto daquele apartamento antigo e pequeno onde ela me leva todo quente.

Há uma coisa de diferente nesse lugar. Não são as paredes de tijolos como se fosse proposital na parede principal ou as roupas jogadas visivelmente em uma cabeceira improvisado no quarto. Ou ainda, o fato de ter espelhos grandes e a divisão dos cômodos serem os próprios móveis com exceção do banheiro com nichos na parede e o box de vidro verde. Nem de perto seria a estilos copa americana com o café de hoje que vamos delicia-lo em uma refeição romântico mais tarde.

Talvez seja porque toda vez que venho aqui, nunca me sinta sozinho. E não falo isso por causa da foda que com certeza vai rolar e com certeza os dois vão gozar. Talvez seja porque depois do sexo sempre rola um carinho, uma brincadeira, uma risada inesperada e um assalto esperado ao sairmos.

O fim da manhã sempre termina com ela deitada de bruços e não mais usando um salto alto e calcinha sexy, mas sim uma mais confortável e as toalhas. A fumaça no alto e algo que provavelmente vai prejudicar nosso colesterol daqui vinte anos avisando que está pronto dentro da umidade.

Amor da minha vida. É um puta clichê, mas é exatamente o que somos um para o outro. Ainda que nos afastamos agora, e tenhamos outros relacionamentos, é isso que seremos para sempre. Algumas pessoas nunca descobrem. E, no entanto, ele está bem aqui diante de mim e tenho ideia de como mantê-lo.

 

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

7 comentários em “É um puta clichê, mas é exatamente o que somos um para o outro…

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