AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

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Tendo acabado de assistir ao programa de entrevistas do Jô Soares, corri para o computador na intenção de escrever esse artigo antes que as palavras e idéias fugissem da minha mente e o sono pudesse apagar as interrogações que uma das entrevistas do programa  me deixou.

Um dos convidados da noite foi  o psicoterapeuta Flávio Gikovate lançando seu livro, “Nós, os humanos” que foi escrito baseado nas  experiências com  pacientes em  seu consultório e também com as perguntas dos ouvintes do seu programa de rádio onde é  constantemente procurado por homens e mulheres(segundo ele os homens hoje estão  quase empatando em número com as mulheres ) para tirarem dúvidas sobre comportamento amoroso e mais ainda sobre comportamento sexual.

Uma das suas colocações me chamou bastante atenção e me criou muitas dúvidas, ao invés  de esclarecer as que já possuo: interrogado pelo próprio Jô sobre  a questão do sexo envolvendo afetividade (paixão ou amor) ele respondeu, afirmando com exatidão,  que haveria um conflito, até mesmo uma competição, entre esses dois elementos ou seja, toda vez que um predomina está enfraquecendo ou destruindo a força do outro.    

Segundo  ele, num relacionamento onde há a afetividade o sexo  ou prazer sexual, mais popularmente conhecido como tesão, fica enfraquecido ou mesmo se acaba(automaticamente lembrei-me de alguém que conheço e que adepto dessa teoria).

 Surgiu imediatamente na minha cabeça a pergunta  que aliás não me deixou dormir até então.Teremos que nos transformar em máquinas de fazer sexo para despertar orgasmos em nossos parceiros?

Se as pessoas têm que se  relacionar sexualmente sem nenhum envolvimento afetivo não seria isso uma espécie de masturbação camuflada?
Ele até citou que um de seus pacientes disse que “fazer sexo com prostitutas é o mesmo que uma masturbação terceirizada”.

Concordo plenamente
    Sei que o conceito de sexo entre homens e mulheres é muito diferente. Sei  que muitas mulheres hoje já optam pelo prazer puramente sexual, mas  porque tantas pessoas, como ele mesmo afirma, ainda usam a expressão “fazer amor” quando se referem a fazer sexo com outra pessoa?

    Acho que a expressão fazer amor seria um tanto ingênua no que se refere a prazer e orgasmo, porque existe a parte meramente física e sexual, que é muito importante e a satisfação sexual como uma satisfação física não pode ser descartada, mas não discordo que os dois elementos possam andar juntos.

Creio inclusive que seria a combinação mais acertada.
    Partindo da afirmação do psicoterapeuta de que amor e tesão são concorrentes então  pergunto:

Vós mulheres para sermos desejadas por nossos homens devemos virar objetos de uso puramente sexual?

Apenas um corpo sem necessariamente possuir uma mente?

Sendo assim onde fica a nossa individualidade?

O que é que vai fazer a diferença entre uma mulher e outra?

Será o vocabulário que deva usar para excitar o seu macho?

Ou apenas a aparência física?

Ou as posições e peripécias que aprendeu no seu “currículo sexual”?
    Terá mais competência aquela que souber falar mais putarias?
Não seria essa uma maneira de subestimar as mulheres e voltar a estaca zero depois de tudo que conquistaram?
   Tudo bem que palavras excitantes são necessárias e estimulantes, podem ser até mesmo motivadoras.

Mas no caso a relação se resumiria a isso?

Ganha aquela que tiver um vocabulário mais “rico”?

Sendo assim não precisamos mais da presença física.

Deve ser por isso que o sexo por telefone, e agora mais ainda o virtual vem crescendo tanto.

    Não condeno nenhuma maneira de se fazer sexo desde que proporcione o prazer satisfatório mas ainda penso que o contato físico seja importante, pele com pele, calor do corpo, olhar nos olhos, ouvir a sinfonia do outro…

E tudo mais que pintar.

Mas as pessoas criaram o medo de se envolver.

Não querem criar vínculos.

Não querem construir histórias.

E quando a velhice chegar, quando o sexo não será mais tão predominante, o que terão para contar?

Contarão apenas o número de mulheres ou homens que lhes proporcionaram orgasmos inesquecíveis ao longo dos anos?
    Não sou contra os orgasmos, muito pelo contrário, tenho uma grande apreciação pela satisfação sexual, mas quero ter o direito de me envolver com o meu homem, de escolher aquele que é diferente, quero amar e ser amada sem medo e sem restrições e que esse amor traga mais tesão ainda,  na hora de ir pra cama.

Quero saborear o antes, o “na hora” e o depois e não simplesmente ter alguém que goze e depois vire para o lado esquecendo que estou ali.

E as carícias depois de toda a tensão e do relaxamento que o sexo proporciona?  

Onde fica esse momento de prazer imensurável?

 Ir pra cama com qualquer um não tem segredo nem mistério.  

Segredo é saber compartilhar, é criar raízes, trocar experiências, construir uma história da qual possam  lembrar com saudade,  rir que nem criança das bobagens do outro, sentir prazer na companhia de alguém,contar o tempo de se ver de novo e que isso tudo só venha enriquecer e apimentar a relação, criando um tesão muito maior que o tesão puramente sexual.

 Talvez essa visão seja para alguns demasiadamente romântica,  mas é a minha visão e é assim que quero continuar encarando essa questão.

Sei que é difícil, mas ainda existem pessoas (inclusive homens), que concordam com esse meu ponto de vista e  que com certeza não vão deixar de ser mais machos por  pensarem dessa forma.
      E que venha esse homem, compartilhe essa idéia comigo, divida suas paixões e seus momentos importantes, e me proporcione muitos momentos de prazer sexual, mas também outros que também não podem deixar de existir.

Posso até respeitar os que pensam de forma contrária mas tenho o direito de não deseja-los para mim.

HUNSAKER.

 

 

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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