Está calor lá fora.
O sol que entra pela janela ilumina toda a sala de estar.
O tecido da cortina serpenteia pelo ar com a brisa fresca do fim de tarde. Tomo mais um gole do vinho rosê pensando nas suas mãos passeando pelas minhas pernas. A mente paira no ar e, de repente, só consigo lembrar de você e da sua silhueta. O desenho do músculo do braço que me leva até o seu pescoço, ombros, nuca, cabelos, maxilar. Toda a sua existência me excita de alguma forma. O jeito que seus lábios se mexem enquanto você fala; o formato da sua nuca na camiseta de gola canoa; a sua cueca marcada na bermuda. Na minha mente, suas mãos seguem passeando pelas minhas coxas. Sua vontade faz com que os dedos apertem minha pele em movimentos vigorosos. Sinto você em mim. Seu tesão em mim. Meus dedos deslizam pelo vestido, passam pela calcinha e me encontram. Você, ali, todo sexy com seu jeito de andar, com suas mãos fortes e seu tesão jovial. Sinto meus dedos entrarem devagar. A superfície molhada, quente e esponjosa fagocita meus dedos que se embebem aos poucos. O movimento de entra e sai beeeeem suave faz com que meus gemidos comecem a sair da minha boca entreaberta. Não preciso de muito, não preciso de nada. Todas as coisas e nenhuma delas me excita. É difícil de explicar. É o jeito que seu sorriso se espalha no rosto quando você acha alguma coisa engraçada. É pensar no encontro da sua língua com a minha que me faz querer tirar a roupa imediatamente. São as pequenas coisas e as grandiosas também. Elas passam na minha cabeça, agora, intercaladas em cenas aleatórias, de dias variados. Sinto seu cheiro na memória. Coloco meus dedos lá dentro e me permito me tocar por inteira. A vontade de ter você ali é grande. Insaciável. Quero mais. Quero gozar mais. Deito-me de barriga para baixo no sofá. Com auxílio da almofada, as mãos lá dentro ainda fazem uma pressão no clitóris. Movimento meu quadril não vai e vem que faz meu vestido levantar-se. Com a outra mão, seguro a almofada sob o meu rosto com força. Minha bunda rebola em gozadas incríveis. A imaginação é fértil, dizem. O orgasmo, então… Ele chega aos poucos, como de costume. A posição deixa a minha vagina sedenta e livre. Ela se contrai inteira pensando em todas as coisas que eu queria estar fazendo com você. Do beijo demorado ao som de Bowie no vinil até o seu sexo excitado me comendo de quatro. Penso nas suas mãos, nos seus gemidos. No seu corpo no meu corpo. No seu sorriso envergonhado. No seu tesão anunciado. Ele chega devagar, mas me corta de ponta a ponta.