AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

Sinto seu cheiro na memória…

Está calor lá fora.

O sol que entra pela janela ilumina toda a sala de estar.

O tecido da cortina serpenteia pelo ar com a brisa fresca do fim de tarde. Tomo mais um gole do vinho rosê pensando nas suas mãos passeando pelas minhas pernas. A mente paira no ar e, de repente, só consigo lembrar de você e da sua silhueta. O desenho do músculo do braço que me leva até o seu pescoço, ombros, nuca, cabelos, maxilar. Toda a sua existência me excita de alguma forma. O jeito que seus lábios se mexem enquanto você fala; o formato da sua nuca na camiseta de gola canoa; a sua cueca marcada na bermuda. Na minha mente, suas mãos seguem passeando pelas minhas coxas. Sua vontade faz com que os dedos apertem minha pele em movimentos vigorosos. Sinto você em mim. Seu tesão em mim. Meus dedos deslizam pelo vestido, passam pela calcinha e me encontram. Você, ali, todo sexy com seu jeito de andar, com suas mãos fortes e seu tesão jovial. Sinto meus dedos entrarem devagar. A superfície molhada, quente e esponjosa fagocita meus dedos que se embebem aos poucos. O movimento de entra e sai beeeeem suave faz com que meus gemidos comecem a sair da minha boca entreaberta. Não preciso de muito, não preciso de nada. Todas as coisas e nenhuma delas me excita. É difícil de explicar. É o jeito que seu sorriso se espalha no rosto quando você acha alguma coisa engraçada. É pensar no encontro da sua língua com a minha que me faz querer tirar a roupa imediatamente. São as pequenas coisas e as grandiosas também. Elas passam na minha cabeça, agora, intercaladas em cenas aleatórias, de dias variados. Sinto seu cheiro na memória. Coloco meus dedos lá dentro e me permito me tocar por inteira. A vontade de ter você ali é grande. Insaciável. Quero mais. Quero gozar mais. Deito-me de barriga para baixo no sofá. Com auxílio da almofada, as mãos lá dentro ainda fazem uma pressão no clitóris. Movimento meu quadril não vai e vem que faz meu vestido levantar-se. Com a outra mão, seguro a almofada sob o meu rosto com força. Minha bunda rebola em gozadas incríveis. A imaginação é fértil, dizem. O orgasmo, então… Ele chega aos poucos, como de costume. A posição deixa a minha vagina sedenta e livre. Ela se contrai inteira pensando em todas as coisas que eu queria estar fazendo com você. Do beijo demorado ao som de Bowie no vinil até o seu sexo excitado me comendo de quatro. Penso nas suas mãos, nos seus gemidos. No seu corpo no meu corpo. No seu sorriso envergonhado. No seu tesão anunciado. Ele chega devagar, mas me corta de ponta a ponta.

Me despedaço no sofá num último e ofegante gemido, enquanto abro os olhos para ver o céu do entardecer dentro de casa.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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