Depois do que eu vou contar, procurei não me envolver tanto com a família dos meus namorados. Aconteceu em 2001. Eu tinha 19 anos e já estava namorando o Helinho havia três meses, estudávamos na mesma faculdade. Nesse pouco tempo, fiquei amiga de toda a família dele, exceto do pai, que é separado da mulher e mora em outra cidade.
Num feriado prolongado, fomos visitá-lo no interior. O Helião (foi assim que o Helinho pediu que eu o chamasse) estava namorando uma garota de 22 anos. Quando saímos para jantar, qualquer um pensaria que o paizão estava levando os filhos e uma amiga deles para comer.
Helião organiza eventos e tinha conhecido Leda quando fazia um casquinha para promotoras. Numa conversa no domingo à tarde, ele disse que eu poderia ganhar um dinheiro extra para pagar a faculdade se também fizesse figuração em eventos. Duas semanas depois, Helinho disse que seu pai queria que eu trabalhasse no sábado seguinte, numa convenção. A grana era boa, aceitei e fui para lá com o Helinho. Trabalhei o dia inteiro e depois fui com meu namorado a um motel para gastar parte do cachê. Fiz outro trabalho desses.
Após dois meses, eu e o Helinho resolvemos acabar o namoro. Sem traumas, foi bom enquanto durou e pronto. Uma semana depois, o pai dele me ligou, propondo mais um trabalho. “Afinal, eu não contratei você por ser namorada do Helinho, mas porque se sai muito bem nos eventos”, ele disse. Fui para Americana, no interior de São Paulo. O evento durou até 9h da noite e, quando acabou, pensei em pegar um táxi para a rodoviária. Fiquei surpresa quando vi que o Helião ainda estava por lá. Ele se ofereceu para me levar de volta a São Paulo, disse que iria a uma balada na cidade. Foi ali, na estrada, que eu percebi pela primeira vez que ele me olhava com desejo.
Não sei se rolava isso quando eu ainda namorava seu filho, mas não tinha me dado conta. Foi fácil notar que a conversa dele (sobre baladas, perguntando se eu gostava de ver o dia amanhecer, coisas assim) era uma sondagem para me convidar para passarmos a noite juntos. Minha cabeça estava a mil, não estava fácil aquela situação. Namorei o Helinho porque o achava gatinho demais, uma graça. E o homem ali do meu lado era esse gatinho em versão homem feito, corpo sarado e uma voz grave que me deixava doidinha.
Quando entramos na cidade, já estava resolvida. Afinal, o Helinho era passado. “Você quer mesmo ir a essa balada?”, ele perguntou. Eu me enchi de coragem e respondi: “Vou com você a qualquer lugar”. Ficamos em silêncio algum tempo, só trocando sorrisos safados. Ainda sem me dizer nada, ele entrou com o carro num motel.
Só voltamos a falar quando já estávamos no quarto, um tirando a roupa do outro. Fiquei só de calcinha e ele me abraçou, senti seu peito forte e muito mais peludo do que o do Helinho. O beijo, então, era muito melhor. Ele sentou na cama e me puxou para cima dele. Praticamente colei a minha boca na dele, deixando que a sua língua me invadisse. Ele me puxava mais para cima, com as duas mãos na minha bunda. Eu me esfregava no volume em sua calça. Desci a boca pelo peito dele, abri a calça e puxei com força para baixo, trazendo a cueca junto. Seu membro, enfim livre, apontava para o teto. Não era mais comprido que o do filho, mas era muito mais grosso. Será que o pênis engrossa com a idade? Fiz sexo oral com prazer.
Ele me deixava livre para fazer no ritmo que quisesse. Odeio esses caras que pegam na cabeça da mulher e ficam puxando e empurrando. Ele me deu uma camisinha e nem precisou pedir que eu colocasse. Deixei o membro embrulhadinho. Subi então sobre ele e me encaixei, começando um vaivém bem gostoso. Foi muito tempo nessa posição, eu olhava para ele e me lembrava do Helinho, estava ficando até meio tonta. O prazer foi grande e senti que ia gozar a qualquer momento. Resolvi deixar rolar, e as ondas de orgasmo me sacudiram. Ele percebeu na hora e me abraçou forte. Continuei em cima dele mais um tempo e notei que ele não estava tão perto assim do orgasmo. Sentei a seu lado, tirei a camisinha e voltei a excitá-lo com a minha boca. Fiz por uns dez minutos, sem reclamar. Muito pelo contrário, estava muito bom. Aí ele gozou, e muito.
Fomos tomar um banho e ele me mostrou como um homem experiente sabe mexer no corpo de uma mulher. Suas mãos percorriam minhas pernas, passando entre elas numa pressão suave, que ia me entorpecendo. Eu me segurava no corpo dele para não afundar na banheira, porque me sentia cada vez mais mole, sem forças. Gozei duas vezes em um intervalo mínimo. Fiquei tão louca que o mordi várias vezes, deixando marcas no peito e nos braços dele, que ria e pedia para eu ter piedade de um velho quarentão. Que velho, que nada!
Voltamos para a cama e ele estava de novo excitado, esfregando o membro em mim e falando bobagens. Então, me abraçou por trás. Estávamos os dois de joelhos sobre a cama, ele segurou meus seios num aperto gostoso, aí curvou meu corpo para a frente. Fiquei ali, praticamente de quatro, esperando que ele fizesse o que bem entendesse. Senti o membro dele encontrando mais uma vez a minha ‘entrada’. Ele me pegou com força e penetrou fundo. Eu adoro essa posição, sinto que o membro consegue entrar mais em mim. Deixei que ele conduzisse o vaivém, sentindo de novo aquela tontura gostosa que o sexo provoca.
Mudamos de posição duas vezes, mas voltamos para essa delícia de pegada ‘cachorra’. Dessa vez, ele chegou ao orgasmo antes de mim, tirando o membro antes de gozar. Foi bom, porque naquele clima quente estávamos fazendo sem camisinha. Depois que ele gozou, eu disse que era injusto, porque não havia conseguido o meu orgasmo. Ele se dispôs a compensar isso e colocou o rosto entre as minhas pernas e não parou com o sexo oral até que eu estivesse totalmente sem forças, quase desmaiando.
Daí fomos a uma lanchonete, já estava amanhecendo. Ali, depois de matar a larica com um sanduíche gigante, conversamos sobre o que havia rolado. Confessei que ainda achava muito estranho transar com ele depois de ter namorado o Helinho. Ele disse que tinha adorado a noite, mas respeitava minhas dúvidas. Combinamos dar um tempo e, talvez, voltar a se encontrar. Isso rolou há cinco anos e nunca mais voltamos a transar. O mais engraçado é que, dois dias depois da noite no motel, o Helinho me procurou querendo reatar. Aí, realmente, não dei a mínima chance. Seria muito para a minha cabeça.