Quantas esteiras de luz
se acendem
quando lhe toco?
Milhares de estrelas
espetam meus dedos
rios se perdem
deixando em abandono
os seus leitos.
E um atropelo de veias
sangue correndo veloz
sem saída.
Tantas farpas
me cortam a pele
tantos frios
eriçam meus pelos
quando lhe toco…
Eu ardo febril
– tantas chamas –
e tremes de medo
– quantos gelos –
quando lhe toco…
Tantas catástrofes
tumultos
revoltas
provoco em ti…
Alteram-se os sais
queimam-se calorias
e quantas loucuras
submetes minha química
quantos arrepios
me causa a tua pele.
A quantos perigos
nos expomos
quando lhe toco…
IGOR HUNSAKER.
