AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

O DESESPERO DE UMA SANTA…. (Paciente 52136)

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Sorte que eu estava fazendo terapia quando tudo aconteceu. Foi há quatro anos, meu filho ainda não tinha nem 2 anos e estávamos casados fazia sete anos. Fiquei sabendo por uma mensagem no celular que Júlio* me mandou por engano. O nome da fulana parece com o meu. Ato falho? Não sei. Perguntei o que era aquilo e ele respondeu o que eu preferia nunca ter ouvido: que estava tendo um caso fazia alguns meses, não revelou quantos exatamente. Insistiu que era coisa sem importância, mas ninguém fica meses com uma pessoa sem se envolver. Perdi o chão. Queria pegar meu filho e sumir dali. Tive um ataque histérico, de choro e de raiva, cheguei a dar uns tapas nele, gritei para sumir da minha frente. E disse que naquele momento eu entendia os assassinatos passionais! Nem sei onde ele dormiu naquela noite. Só no dia seguinte me dei conta de que podia ser com a outra. Felizmente, ele voltou para casa de manhã. Eu avisei que podia ficar, mas que só tocaríamos no assunto se eu tomasse a iniciativa. Precisava pensar e respirar fundo para poder lidar com aquilo. Ele se mudou para o quarto do nosso filho. Então vieram dias e dias de drama e sofrimento, brigas e conversas intermináveis, um horror. Ele tentava se explicar, se justificar, dizendo que me amava, que a outra não significava nada, e me pedia desculpas pela traição, jurava que nunca mais ia acontecer. Às vezes eu sumia, ia para a casa da minha irmã com meu filho. Ela insistia para eu voltar, batalhar por ele, achava que assim eu estava atirando meu marido nos braços da outra. Eu nem dava atenção. Demorou um tempo para eu atinar que, se quisesse ficar com ele, além de perdoá-lo, precisava reconquistá-lo. Mas o primeiro movimento de reconquista foi dele, não meu. Ele logo caiu em si que estava errado. Nunca me senti culpada por ele ter me traído. Não acredito nessa história machista de que o homem procura na rua o que não encontra em casa. Afinal, por que eu nunca fui atrás de um cara com qualidades que ele não tem? É safadeza mesmo, imaturidade. Quando rolou a traição, eu tinha saído de uma depressão pós-parto, mas já fazia mais de um ano que estava bem, trabalhando, uma vidinha normal. O casamento seguia sem a animação dos primeiros tempos. Eu não era mais aquela mulher com quem ele tinha se casado: quando a gente vira mãe, se torna outra mesmo. E o Júlio também não era mais o príncipe encantado. A paixão inicial havia desaparecido, eu também sentia falta disso, mas não fui transar com outro. Nunca quis saber detalhes, como e onde se conheceram, nada. Perguntei apenas se eu conhecia a tal e ele garantiu que não. Escolhi acreditar que ele nunca mais saiu com ela nem com nenhuma outra. Levou meses para eu me sentir novamente segura do amor dele, que se desdobrou em atenções. Júlio ficou muito ao meu lado, topando fazer o que eu queria: trocou de celular, deu um tempo na saída com os amigos, tornou-se um pai mais presente, aturou minha família, coisa que não fazia antes. Demorou quase um ano para a gente voltar a namorar. Nossa primeira transa pós-crise foi intensa, mais emocional do que sensual, quase triste, como um reencontro depois de uma longa ausência. Sinto como se eu tivesse ficado com um crédito: parece que ele respeita mais as minhas vontades, embora o assunto traição esteja encerrado. O que a gente tem junto é muito bom, muito forte, e só por isso fizemos de tudo para preservar o casamento.

Para não dizer que não ficou nenhuma cicatriz, ainda estou reavaliando se quero ter o segundo filho, coisa que antes era certa para mim.

IGOR HUNSAKER.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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