ESTA FOTO TEM 20 ANOS, E VOCE CONTINUA LINDA. SEMPRE FOI LINDA.
O Sol acariciava o rosto de Cristine, cochichando-lhe para que despertasse, pois o dia começava. Sonolenta, esfregou os olhos e bocejou. Olhou para o lado e apenas uma rosa vermelha enfeitava sua cama. Sorriu, fechou os olhos e disse bom dia. Sem resposta. Abriu os olhos e percebeu que estava sozinha no quarto. Esfregou os olhos mais uma vez, levantou-se e vestiu uma camisa branca. Tinha o cheiro dele…
Olhou para o chão e sorriu. Um rastro de pétalas vermelhas que ia até a porta atraia Cristine com pensamentos pervertidos. Sorriu, deitou-se e se lembrou da noite intensa e prazerosa que tiveram. Ainda sentia o gosto dos beijos, o toque na nuca, as mãos em suas entranhas, as carícias, os arrepios… Levantou-se novamente e seguiu as pétalas.
Chegou à porta da cozinha e teve a visão mais maravilhosa para uma manhã romântica. Encostado na mesa estava aquele que levara-a ao delírio, Igor. Nu e segurando uma rosa que mal tapava-lhe o sexo, sorriso iluminado, cabelos desarrumados e atrevido no olhar. Despia-a com o pensamento mordendo o lábio inferior, olhando-a de cima a baixo. Cristine sorriu e olhou Igor também, da cabeça aos pés, jogou os longos cabelos para o lado e foi se aproximando, desabotoando a camisa. Igor abriu os braços e aconchegou-a, carinhosamente.
Olhando sobre seus ombros, Cristine viu a mesa posta, com um simples café da manhã e também com uma cumbuca de morangos grandes e bem vermelhos. Igor beijou-a e ao mesmo tempo pegou um morango, olhou em seus olhos e lhe ofereceu o morando em sua boca. Cristine mordeu e encostou seus lábios nos dele. De olhos abertos e brilhantes degustaram o beijo com sabor de morango, até o fim.
Igor puxou a cadeira e ajeitou Cristine, nua, para servir-lhe o desjejum. Conversavam bobeiras e se perdiam em olhares apaixonados. Por baixo da mesa Cristine acariciava Igor com os pés, deixando-o lindamente irresistível. Adorava fazer seu homem sentir prazer, e sabia muito bem como fazê-lo.
Comeram pouco, pois a vontade de se grudarem novamente era maior do que a fome. Igor levantou-se, puxou a mão de Cristine que também se levantou, pegou-a no colo com ela entrelaçando suas pernas em seu quadril, beijaram-se longamente e voltaram para o quarto.
O dia estava apenas começando e com certeza não teriam nenhuma pressa que acabasse. Tinham pressa de se terem, de se darem amor, prazer…
O dia continuaria até à noite…
E até a próxima manhã, quem sabe…
Explique como tudo começou….
“… Você levantou-se e, sorrindo, percorreu toda a sala, abaixou-se na minha frente, segurou em minha nuca e me beijou o rosto. Gelei.
E caminhou até a saída levando minha respiração e meu coração acelerado. Por alguns segundos me perdi num estalo em minha bochecha, que, certamente, enrubesceu. Boca entreaberta, suspirei e abaixei a cabeça, tentando disfarçar como se nada tivesse acontecido. Porém você me pegou completamente despreparada pra receber um olhar, um toque que seja, imagina um beijo!
Algumas pessoas me olharam, talvez curiosas com minha timidez, não sei, talvez por eu estar vermelha e com a boca entreaberta esperando você voltar e preencher meus lábios com seu gosto quente e úmido… Será querer demais?
Trocamos poucas palavras, sorrisos, gargalhadas em grupo, e foi a mim que você se dirigiu pra me tocar levemente e provocar uma erupção gigantesca que não poderia sair pelos poros por receio de demonstrar o que não teria nenhum sentido… Um delicioso exagero feminino.
Sensibilidade aflorada, cheia de fantasias, encontros noturnos, beijos quentes, olhares perturbadores, união… Afinal pra que serve a imaginação se não podemos nem sonhar acordadas um instante? Posso sim e gosto disso.
Gosto de situações inusitadas… Surpresas… Nem que sejam temporárias…
Hoje eu fui beijada, hoje eu senti minha vida pulsar, mudei de cor e perdi o jeito, hoje passará e será ontem…
O que se passa da cabeça de um homem provocante assim? Será que sabe que há um turbilhão de emoções dentro da mulher?
Só uma pegada no pescoço e um beijo…
Gosto de viver os momentos intensos, mesmo sendo segundos, mesmo não sabendo do que me espera… Nem eu espero nada.
Foi só um beijo, um mão na minha nuca…
Só…”
Igor, você tem razão .
Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.
E quem ama o máximo, sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo que posso viver, fazer, descobrir, nada tem sentido. Espero que este tempo passe rápido, para que eu possa voltar à busca de mim mesma – encontrando um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que bobagem é essa que estou escrevendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
Já me senti ferida quando perdi você por quem me apaixonei. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la.
Você sempre me falou isso… Mas só entendo agora.
Eu concordo em partes com você .
Acho que temos o livre arbítrio, mas também acredito que algumas coisas estão determinadas em nossa vida.
Senão, qual seria o sentido de alguns amarem tanto e outros não?
Quem escolhe amar?
Também acredito que vivemos para alguma missão.
Mesmo que seja algo simples, mas que precisa ser feito, ou então corremos o risco de vivermos voltados para trás.
É o que eu acredito.
Ah ! Cristine lhe admiro tanto…
Você não imagina o quanto lhe admiro.