E se largássemos o pudor, as vergonhas, os nomes, o títulos, os sobrenomes. Largássemos tudo. Nos sobraria a sexualidade. A sensualidade. Prezamos pelos sentimentos mas nos esquecemos dele na hora de morrer.
Considerando as varáveis somos cínicos. Mentirosos. Juramos acreditar no amor, mas esquecemos dele quando o assunto é sexo. Aí transformam a maneira mais animal de tocar, se sentir, se viver alguém em algo pecaminoso. Não acredito. Posso não amar, mas sinto. Ou talvez eu ame-a e sinta-a ao mesmo tempo.
O que acontece é a necessidade da santificação das coisas. A que custo?! Mentir é melhor, talvez. Eu acredito no amor. Mas acredito mais, com mais força, com mais vigor na capacidade que o sexo tem de nos tranformar, nos possuir, nos libertar. Somos humanos afinal.
E ai eu posiciono à beira da cama. Respiro. Espero. Dentro. Fora. Fora. Dentro. Talvez eu goste mesmo é de sentir.