AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

PACIENTE 14220.4

Não era sobre sexo, sobre prazer.

Eu cheguei em casa cansada. Sabe quando o corpo dói, a alma dói, a vida dói e tudo dói junto?! Pois é. Confesso que acreditara que um banho quente, na verdade morno, resolveria todos os meus problemas. Ou costumava resolver.

Soltei os cabelos presos por um coque. Balançaram meio que levando o meio mundo que se encontrava nas minhas costas. Pronta para um banho meu corpo e minha mente estavam. Quando comecei a desabotoar a blusa eis que a campainha do apartamento toca. Quem poderia ser?! Eu não estava esperando ninguém. Até àquela hora.

Abri a porta e me fiz aparecer apenas o rosto. Ele me recebeu com um olhar doce, verde. Reabotoava as blusa enquanto ele pedia permissão adentrando a minha moradia. Disse que estava indo pro banho, ele respondeu dizendo que não se incomodava em esperar. O vinho que trouxera seria uma boa companhia enquanto eu me aprontava. Ele era dessas coisas. De chegar de surpresa, de me assustar. De melhorar tudo o que estava ruim.

Tomei um banho lento, delicado. Eu realmente estava cansada. Não havia mais nada a fazer por mim se não aquele banho. Reclamei para mim a respeito de um incomodo nas costas. Uma mão suave encontrou meus ombros e com um brilho nos olhos respondeu que poderia ajudar se eu não me importasse. Na verdade eu não me importaria. Acho que ele talvez ainda não tivesse certeza disso. Mas tudo bem, a timidez melhorava as coisas.

Não era sobre sexo, sobre prazer. Era sobre a vontade de ver o outro sorrir. Sobre apertar os ombros de alguém só pela vontade que aquela dor passe. Porque pra ele eu não merecia o sofrimento, qualquer que fosse. Talvez eu esteja apenas sonhando acordada enquanto fecho os olhos durante um banho de banheira. Talvez ele esteja aqui. Talvez eu realmente queira isso, desta maneira. Mas com certeza eu esperaria uma eternidade por essa sensação.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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