Eu faço minha as suas palavas.
Ontem conversando com algumas conhecidas minhas, fiquei pensando no porque escrever sobre este assunto. Mas foi mais forte que eu e resolvi compartilhar com vocês, público masculino e (espero eu) politizado. Uma amiga estava contando que se separou do marido e o mais engraçado, achamos até divertido, foi que a mãe dela disse “você está deixando um príncipe encantado pra trás!”. Papo vai, papo vem, muitas histórias e uma conclusão entre três mulheres com mais de 30 anos, empreendedoras e com um filho cada: homem não tem nada de príncipe quando é tocado no bolso!
E cada uma relatou seus ensejos, seus problemas conjugais, falamos mal dos nossos maridos e todas tivemos as mesmas queixas: quando os homens se sentem acuados, quando uma separação ou uma briga acontece, o dinheiro está no ponto principal da discórdia. Muitas vezes achamos que é “privilégio” nosso ter alguém que nos cobra umas migalhas, ou que ainda joga na nossa cara o quanto custamos por mês. Mesmo que tenhamos assumido o compromisso de cuidar dos filhos, da casa e até do bendito marido, recebemos a fatura no final da relação.
É tanto amor, tanto fervor que tudo vira briga! Os casos que mais parecem bizarros são aqueles no qual o casal vive super bem, tem uma vida confortável. O marido sai para trabalhar, a esposa fica cuidando dos filhos e da casa (afinal a casa não é automática, nem a comida, nem a organização) e se der sorte, ainda tem um tempinho para ganhar a vida em um emprego modesto, pois é o tempo que sobra. Aí então o casamento começa a ruir, acontece a separação e esta mulher fica desamparada, não tem onde morar, não tem renda suficiente, os filhos passam necessidades, o pai diz que não tem condições. Logo em seguida arranja uma namorada, faz viagens incríveis (as quais nunca levou sua esposa), arranja outros filhos e aquela primeira família vira uma pedra no seu sapato.
O mais enigmático de tudo é que enquanto você estava na rua trabalhando, podendo ter tempo para todas as suas atividades (algumas vezes traindo sua esposa), ganhando a vida, estas pessoas faziam a sua vida acontecer. Pense bem: se você tivesse que cuidar dos filhos, da casa, etc, como você passaria o dia todo por aí?
Quero te avisar meu amigo leitor, que este mal dura para sempre, esses filhos não esquecerão o que você causou nas suas vidas. Acho louváveis os homens que assumem não querer mais um relacionamento e se separaram, mas continuam amando seus filhos e os deixando confortáveis, dentro de suas casas, e não mentindo para juízes e advogados em audiências que estão quebrados, que não têm dinheiro para arcar com pensão, mas que prontamente voltam às suas vidas de solteiros caindo em baladas, trocando de carros e levando suas namoradas para Nova Iorque.
Fico feliz se não estamos nesse barco, eu e você! Eu estou casada e confesso que esse medo todos nós temos. Mas é bom sermos positivos e pensarmos que nada irá acontecer. E se acontecer seja lá o que Deus quiser, ou o que deixamos planejado!