AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

Apanho muito…

PACIENTE 18919

Vou começar pelo começo da minha história com meu marido. Ele era professor de Jiu Jitsu do meu irmão (e posteriormente se tornou meu também), era recém separado e era um cara muito educado, gentil e atencioso. Durante alguns meses ele sempre me mandava mensagens perguntando coisas aleatórias, coisa de amigo e a qualquer sinal de investida dele eu cortava, pois achava que ele não tinha se separado. Na verdade ele já estava separado antes mesmo de começarmos a conversar, quando confirmei isso, aceitei as investidas e então saímos pela primeira vez. Desde então estamos juntos, já há 4 anos.
Eu era independente, alegre e fazia o que queria, trabalhava e ganhava muito bem, viajava, saía toda semana para jantar com minhas amigas, cabelo e corpo sempre em dia, amava me arrumar, morava com meus pais e fazia faculdade… isso tudo conjugado no passado, porque desde que comecei meu relacionamento isso gradativamente foi saindo da minha vida. Primeiro perdi meu emprego, depois fui me afastando das minhas amigas ao ponto de pouco falar com elas hoje em dia, faculdade abandonei, hoje dependo financeiramente dele para comprar até o xampu que lavo meu cabelo.
Quando estávamos namorando há 1 ano descobri que estava grávida, veio então meu primeiro filho, amor da minha vida, consequentemente toda vida materna, não durmo desde o final da minha primeira gravidez… há 6 meses nasceu minha segunda filha, com problemas graves de saúde e minha vida gira em função dos meus filhos 24h por dia. Eu me sinto cansada, mais psicológica do que fisicamente, meu marido parece muito compreensivo com isso.
Ele perdeu o pai muito cedo e foi criado pela mãe, que batia muito nele, ele afirma que era espancado e que não recebia qualquer tipo de carinho.
Durante o período em que ainda namorávamos há poucos meses, ele me chamou para ajudá-lo a tocar a academia dele e então eu assumi toda parte administrativa do lugar. A primeira vez que ele mostrou agressividade foi por algo bobo no trabalho, no momento da raiva disse que tinha vontade de me dar um soco na cara… nosso funcionário viu a cena, mas não falou nada. Eu apenas chorei e fiquei quieta. Depois desse episódio parece que tudo mudou…
Viemos morar juntos quando eu estava com 4 meses de gravidez do nosso primeiro filho, me tornei dona de casa e ainda trabalhava na academia. Uma das primeiras brigas que tivemos ele gritava muito e quebrou nossa máquina de lavar com um soco, desde então muita coisa foi quebrada em casa. Depois que nosso filho nasceu, um dia estávamos indo para a academia e ele começou a discutir… eu estava com nosso filho no colo, ele tinha acho que dias de vida, ele gritando e ameaçando me colocar pra fora do carro. A primeira agressão física aconteceu quando eu estava com poucos meses de gravidez da nossa filha, e estava com nosso filho, que tinha na época menos de 2 anos, no colo, dentro do carro. Ele se irritou e puxou meu cabelo querendo bater minha cabeça no painel do carro, depois disso me deu um soco no braço. Nosso filho começou a chorar e ele bateu forte na perna dele. No decorrer deste tempo, ele me agrediu fisicamente mais duas vezes, mas praticamente toda semana houve agressões verbais e humilhações. Na última agressão física, ele me deu um soco na perna que de tanta dor não consegui dormir naquela noite.
Sempre que ocorrem as discussões a vizinhança toda escuta, sinto muita vergonha de sair de casa… já aconteceu da minha mãe vir aqui para ver o que estava acontecendo, mas ele sempre baixa o tom de voz e coloca a culpa em mim. Todas as discussões e brigas são porque eu não ajo da maneira que ele quer, porque faço alguma coisa errada e ele começa a me acusar, de tão atordoada eu só consigo chorar, choro sempre muito e fico totalmente sem reação, fazendo com que ele se irrite ainda mais. Nosso filho está agindo como ele, e ele se irrita com o moleque quando ele grita. Quando ele vê que o pai começa a brigar comigo, manda parar porque a irmã está dormindo…
Sempre que terminamos de brigar, a conclusão é que a culpa é sempre minha. Eu que fiz algo errado, eu que gastei o dinheiro que não era para ser gasto, eu que não cuido dele, não dou atenção ou não sou carinhosa, eu que estou sempre com cara de triste, eu que choro, eu que não valorizo ele, não me coloco no seu lugar… e sabe o que é pior, ele me convence disso e me faz assumir a culpa das coisas. Apanho em todas as relações sexuais, ele me bate, me queima, me morde, me da soco nas costas e etc. E EU GOSTO, GOZO MAIS INTENSAMENTE E MUITO MAIS VEZES. GOZO MUITO, MUITO MESMO.
Não sei o que fazer, não sei se ele está realmente certo, se eu que faço as coisas que ele fala… mas pra ele eu sou a culpada até de ele me bater. Preciso de ajuda, estou sem saber o que fazer, com vontade de pegar meus filhos e sumir do mundo.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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