AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

Eu, sinceramente, nem lembro se provei a calça ou não.

PACIENTE 28619-4

Estava precisando fazer umas comprinhas e, como meus amigos não têm o horário de trabalho flexível como o meu, me aventurei sozinha no shopping. Dei umas voltas até encontrar algo de interessante em uma vitrine dessas lojas de departamentos mais chique. Entrei e estava olhando as araras quando algo me chamou a atenção.

Era uma cabeleira ruiva alaranjada, visivelmente natural. Escorrido até o meio das costas, seguido de uma cinturinha e um bumbum empinado, lindo, delicioso, em um corpo esguio. Me peguei imaginando como ele deveria ser por debaixo daquele jeans apertado enquanto alisava uma blusa de cetim. Voltei a mim quando ela estava virando na minha direção. Melhor disfarçar, Sté. Continuei andando pelas araras, mas agora prestando mais atenção onde aquela deusa de pele de mármore ia do que nas roupas em si.

Não demorou muito pra ela perceber que eu a estava devorando com os olhos e, por incrível que pareça, ela passou a demonstrar interesse por mim. Trocamos alguns olhares, aqueles olhos castanhos amendoados e grandes… Cheguei a ver até um sorrisinho em seus lábios finos rosados. De repente fui abordada por uma vendedora que quis saber o que eu buscava. Disse que não sabia, ela realmente me pegou desprevenida e, quando procurei de novo aquela pin-up moderna, ela havia sumido de vista. Bom, já que estava na loja, peguei o meu número da calça que havia gostado e fui para o provador.

Ao entrar no corredor do provador, a cabeleira ruiva, acompanhada dos olhos amendoados e todo o resto daquele rosto de anjo, apareceram por detrás de uma cortina. Ela sorriu e perguntou meio sem jeito: ´Oi, você pode fechar o zíper do vestido pra mim?´ e afastou a cortina pra me mostrar suas costas nuas dentro de um vestido florido de cores suaves totalmente aberto até a cintura. Fiquei sem ar e sussurrei um ´Sim, claro!´. Larguei a calça no chão e fui até ela. Não resisti e peguei o zíper de maneira que meu dedo roçasse pelas costas dela, observando as suas curvas e sua nuca exposta, cheirosa. Subi devagar o feixe, me deleitando com as faíscas que saíam da minha pele ao sentir como ela era sedosa e quente. Percebi que ela ficou arrepiada com meu toque. 

´Pronto, fechado´, e sorri. Ela se olhou no espelho, respirou fundo e virou de frente pra mim, que estava atônita como ela tinha ficado maravilhosa, como os seios dela, nem grande nem pequenos, estavam lindos no bojo do vestido. Ela fez uma cara sapeca e perguntou ´O que você acha? Ficou bom?´. ´Lindo!´. ´Obrigada… Eu me chamo Gabriela´ e estendeu a mão pra mim. ´Prazer, Gabriela, sou Mara´. ´Bacana! Escuta, você topa tomar um café… Quer dizer, depois que você provar sua calça?´. Por dois segundos eu esqueci completamente de onde estava e do porque estava ali, aí caiu minha ficha. ´Ah! Sim, claro, vamos sim. Vou provar rapidinho…´ e já ia saindo (correndo, ansiosa), mas um novo pedido dela me impediu: ´Você abre o vestido pra mim antes?´. Mas é claro! Abro, tiro e faço qualquer coisa que você quiser, eu pensei. Mas só abri o vestido, aproveitando pra tocar mais um pouco a pele aveludada da Gabi… Ela agradeceu com um sorriso e fechou a cortina me dizendo pra encontrar com ela no caixa.

Eu, sinceramente, nem lembro se provei a calça ou não. Quando vi estava ao lado dela no caixa, esperando ela passar o cartão. Fomos num café no shopping mesmo. Fiquei hipnotizada por tudo que a Gabi me contava, mas principalmente, por como ela se movia, sorria, passava a mão no cabelo e por como ela discretamente me tocava sempre que podia. Eu também não pude perder a minha chance de tocar no cabelo dela, na mão, no joelho. Eu não tinha ideia do que iria acontecer depois do café, só sentia que tinha que aproveitar aquela visão o máximo que podia. Quando terminamos o café, estávamos tão envolvidas uma pela outra que ir pra casa dela soou tão natural quanto pagar a conta.

Ela morava perto do shopping, mas fomos no meu carro porque eu previa que a visita iria demorar mais do que o estacionamento permitiria. Entramos no apartamento dela, lindo, arejado, cheio de flores, com um sofazão branco na sala e ela perguntou se eu queria algo. Eu disse que não, parada em pé no meio da sala. Ela ficou séria e se aproximou, tocou meu rosto com os dedos finos e nos beijamos docemente. Ela tinha um gostinho doce na boca, mesmo depois do café, e o cheiro dela me deixou tonta. Nossos corpos se aproximaram e minhas mãos começaram a tocar nela, primeiro por cima da roupa e depois por baixo da blusa. Ela continuava sem sutiã… Enquanto isso, a Gabi me pegava pela nuca com uma mão e com a outra puxava meu vestido pra cima. Foi só sentir a mão dela apertando o meu bumbum que meu instinto animal despertou. Ofegante, me soltei dela, arranquei meu vestido fora e em seguida a blusa dela e a calça jeans. Meu deus, como ela era perfeita. Toda branquinha, os mamilos rosados naqueles seios que cabiam quase inteiros na minha mão, a cinturinha exposta e a calcinha de renda branca completava a visão.

Beijei e apertei os seios dela enquanto ela tirava meu sutiã e depois nos agarramos no sofá. Nossos corpos colados, quentes, macios, se entrelaçando. Deitei por cima da Gabi e comecei beijando sua boca, depois o pescoço, o seio direito, o esquerdo, a barriga, até chegar na calcinha. Ela gemia baixinho, um sussurro de prazer. Brinquei com meus dedos no elástico da calcinha dela e depois fui tirando devagarzinho. Ela roçou as pernas em mim e abriu devagar. Eu vi seus pelos pubianos, os poucos que estavam lá, todos ruivinhos também. Fiquei encantada e beijei muito ao redor deles. Não tive medo de lamber ela todinha e a cada gemido alto dela, eu ficava com mais vontade de dar todo o prazer do mundo à Gabi. Coloquei meus dedos dentro dela e senti seu corpo se contorcer de prazer. Eu beijando entre suas pernas e ela me devorando com os olhos. Vi seus olhos revirando e ela gritar de prazer quando gozou na minha boca. 

E aí foi a vez dela me deixar louca. A Gabi me fez sentar na beirada do sofá e se ajoelhou na minha frente. Primeiro deu longos beijos nos meus seios, apalpando-os com vontade e beliscando o mamilo que não recebia suas chupadas gulosas. Depois desceu e eu pude sentir sua boca quente me beijando com vontade. Seus dedos me penetrando, enquanto sentia sua língua me percorrer. Olhar ela ali, disposta a me dar todo o prazer que eu podia sentir me fazia ficar mais louca ainda de tesão. Como era gostosa! Deliciosa! Quente! Peguei ela com força pelos cabelos e quase tive uma convulsão durante o orgasmo.

Depois dessa sessão de beijos, deitamos agarradinhas, nos beijamos muito na boca enquanto nossos dedos brincavam uma na outra. Ficamos horas sentindo o calor de nossos corpos… Fui embora a noite, depois de muitas ligações perdidas do melhor amigo gay pra ir jantar. Com a Gabi, combinei de nos ligarmos em breve pra fazer compras e tomar outro café.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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