PACIENTE 21619-2
Estive em São Paulo semana passada pra uma reunião com um editor novo (amigo velho) e ele acabou me colocando na maior roubada! Me fez sair pra jantar com um amigo dele recém separado, deprimidíssimo! As pessoas têm mania de achar que eu sou fácil porque gosto de sexo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, em absoluto. Sou muito exigente, por sinal!
Mas como era um favor pra um amigo – que poderia vir a ser a minha polpuda fonte de renda pelos próximos 6 meses – achei que poderia ser rude recusar. Agora, jantar! Perguntei se não podia levar o Sr. Depressão pra um lugar mais animado, um barzinho onde se pudesse tomar um trago pra ajudar a descer uma conversa que tinha tudo pra ser indigesta… mas não, ele queria sair pra jantar! Ai, saco que eu não tenho.
Tudo bem, tudo em nome da amizade e do bom humor! Vamos levar o amigo pra jantar. Lá pelo meio da entrada eu já não pensava em outra coisa senão suicídio. Ideias como morder o copo e começar a sangrar não saiam da minha cabeça. Tudo pra sair daquele restaurante maldito.
De repente, eis que tudo muda! Aparece um casal de amigos dele. Ele parece gostar muito dos dois, se anima – não tenho dúvidas: chamo os dois pra sentar com a gente na mesma hora. Depois de 2 minutos percebo porque ele gostava tanto do amigo – era tão chato quanto ou ainda pior. Assuntos como tentar descobrir se os cogumelos na salada eram Porccini ou Shitake eram dos mais interessantes – ainda que fossem obviamente Shitake.
Enquanto isso, do outro lado da mesa, a mulher parecia tão entediada quanto eu. Linda, morena de pele e cabelos, lábios carnudos, ar meio blasé. Uns peitinhos pontudos, não muito grandes, mas que pareciam querer furar a regata branca. Sabe quando a gente tá com muita fome, olha pra alguém e só consegue ver um frango assado, que nem desenho animado? Eu olhava pra ela e só conseguia ver 4 letrinhas estampadas na testa: S – E – X – O. Simplesmente deliciosa! Nem me lembrava mais dos dois patetas discutindo a respeito de como tinha morrido a bezerra.
Foi então que eu percebi que o olhar dela pra mim era ainda mais óbvio que o meu pra ela. Assim que os nossos olhos se encontraram [quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar…] ela dá a viradinha de olho mais sexy que eu já vi na vida e aponta pro banheiro. Não conto tempo. Peço licença e me levanto. Convido-a pra vir comigo – ai como é bom ser mulher, ninguém suspeita! – e ela me segue calmamente.
Entramos no banheiro, as duas muito disfarçadas, eu já colocando a mão na bolsa a procura do batom que eu normalmente não uso, nem retoco. Ela entra atrás de mim e tranca a porta. Me olha com uma cara de onça faminta e vem andando na minha direção. Parecia um puma, andando com a sensualidade peculiar aos felinos, atrás da presa fácil.
Achei que ela fosse ficar calada, acho que ainda não tinha ouvido a voz dela, mas ela chega bem perto de mim e, de uma distância suficientemente curta pra que eu sentisse o hálito delicioso, fala: ´talvez as pessoas tenham percebido. Não consegui tirar os olhos da tua bunda deliciosa até aqui.´
Como geralmente sou eu quem adota essa postura mais agressiva, fiquei meio sem ação por um momento. Mas só por um momento! Continuei de olho aberto, olhando bem dentro dos olhos dela. Olhos cor de mel, meio amarelados. Até nisso ela parecia uma gata. Nos beijamos violentamente como se uma quisesse roubar a alma da outra. Não resisti em partir pras carícias ao mesmo tempo. Belisquei o bico dos seios durinhos por cima da regata com forca. Ela soltou um gemido e se afastou. Arrancou a regata do corpo e jogou no chão.
Depois voou na minha camisa, arrebentando todos os botões e eu não conseguia me importar. Os lábios carnudos nos meus seios eram extremamente macios e eu não tive escolha senão me encostar na pia e deixar que ela tomasse as rédeas. Com habilidade e força inimagináveis ela me levantou e me colocou sentada na pia ao mesmo tempo em que levantava a minha saia e arrancava a minha calcinha. Muita informação!!! Ela dominava a arte do cunilinguis como ninguém. Pensei que fosse desmaiar.
Em seguida foi a minha vez de agir. Coloquei as duas mãos dela apoiadas na pia e fiquei atrás, olhando pros peitinhos empinadinhos dela no espelho. Ela jogou a cabeça pra trás e fechou os olhos enquanto eu descia beijando, lambendo, mordendo cada centímetro da pele macia, com cheiro de pitanga. Simplesmente deliciosa! Ela todinha.
Nos recompomos e tentamos sair do banheiro como se nada tivesse acontecido. Amarrei a camisa tentando disfarçar que não tinha mais um botão sequer. Arrumamos os cabelos uma da outra com carinho e saímos.
Mas acho que quando a gente se diverte perde um pouco a noção do tempo. Ao voltar pra mesa fomos informadas de que os dois cavalheiros haviam pagado a conta e se retirado. Não achei a atitude das mais educadas, mas adorei! Pegamos um táxi e fomos pro hotel.