AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

MÃE E FILHA A TEORIA…

Sempre achei as relações entre mulheres um tanto ‘complicadinhas’. Não quero falar de maneira generalizada, mas de certa forma até a ciência generaliza para explicar, que o fato tem que se repetir para ser estudado.

Não entendo porque as mulheres ‘parecem’ que competem entre si. E ai, não é difícil se afirmar que mãe de filho é diferente de mãe de filha.

Eis que me caiu nas mãos um livro que devorei como se fosse uma fruta madura. Estou falando do livro: *Mães-filhas – Uma Relação a Três – Eliacheff, Caroline; Heinich, Nathalie.

O pano de fundo são as relações mães e filhas, que as autoras se utilizam da ficção, filmes ou romances franceses, como suporte das teorias abordadas.

O título do livro já revela que essa relação mãe-filha constitui uma demonstração clara de que a fórmula 1 + 1 só pode ser verdadeira, se e somente se, o resultado da operação for igual a 3. Uauh!!! Matematicamente isso é um absurdo! Mas, somente entenderemos essa fórmula se abandonamos o raciocínio cartesiano e nos permitirmos abrir nossa mente para o fato de que nas relações interpessoais não há precisão demonstrável, como 1 + 1 = 2. Partindo da premissa, que 1 + 1 = 3. Pergunta-se: Quem é esse terceiro? Resposta: O pai. Que se fará sempre representar como ausente, como excluído, como lugar, ou ainda esse terceiro poderá ser mãe.

De qualquer forma o que ficou claro, para mim, é que filho é a resultante de uma soma estranha. Pois na psique deste filho haverá sempre esta fórmula, que estará sempre estruturada, e os ‘lugares’ existirão ocupado ou não.

Nesta relação mãe-filha, segundo as autoras, é observada quatro tipos possíveis de estrutura:

1) Pai/filha – o excluído é a mãe.

2) Quando a posição de mulher está misturada com a mãe – o excluído é o lugar do outro na relação sexual.

3) Mãe/filha – o excluído é o pai.

4) Quando a mulher é mais mulher que mãe – o excluído é a filha.

Pude ver e constatar pela leitura que a relação mãe-filha está muito longe da versão romanceada que se tem atrelada em frases como: Mãe é mãe! Mãe não se engana! Amor de mãe não tem igual! E por ai vai. São frases superficiais, que não traduzem toda a densidade dessa relação.

Ao mesmo tempo essa relação será norteada pela vida toda. Adulta, a criança quando for mãe, usará as referências e identificações que foram a ela oportunizadas. É extremamente necessário que essa relação não seja fechada em si. Há de se especificar o lugar do terceiro que geralmente é o pai. Esse ‘pai’ poderá ser o pai biológico, poderá ser outra pessoa, inclusive do mesmo sexo no caso e uma relação homossexual. E esse lugar como é da ordem do inconsciente será nomeado pela filha (o). O que me permite inferir que só ao filho cabe sentir quem é seu pai. Pois o papel desse terceiro a quem chamamos de ‘pai’ é:

1) O de um separador.

2) Diferenciador – evitando a confusão das identidades

3) Mediador – impedindo a dominação de uma pessoa sobre a outra (mãe/filha; filha/mãe).

As histórias de mãe e filha são geralmente como umlooping, repetem-se de geração pra geração sem que se tome consciência de todo comportamento repetitivo. Uma postura muito difícil, pois para a filha além do apego ao objeto (a mãe), há uma identificação ao objeto investido de libido. A identificação para as mulheres: tem de se confrontar com a necessidade paradoxal de se separar da mãe e se identificar com ela.

Após minha leitura, constato que minhas observações em dizer que as relações entre as mulheres são complicadas, são de fato comprovadas partindo de tudo que foi exposto.

Os conflitos, numa relação não são em si mesmos negativos, desde que permitam fazer evoluir a relação, pensá-la, falá-la, em vez de sofrê-la ou idealizá-la.

*Sinopse: Como se operam a transmissão dos papéis e a construção das identidades, de geração em geração.
Talvez os homens não saibam, mas o tema sobre o qual a maioria das mulheres prefere conversar entre si não são eles, mas a mãe delas.
Com efeito, embora nem todas as mulheres se tornem mães e nem todas as mães tenham filhas, todas têm uma mãe. Indagar sobre a relação mãe-filha é portanto a sina comum a todas. É também a dos homens, implicados, quer queiram, quer não, nessa relação.
A partir de casos tomados da ficção ( romances e filmes), Caroline Eliacheff e Nathalie Heinich reconstituem o leque de todas as relações possíveis, mostrando como se operam a transmissão dos papéis e a construção das identidades, de geração a geração.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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