AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

A SANTA SE PROFISSIONALIZANDO NO INFERNO… (Paciente 15214)

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Minha história com sexo não foi sempre bem-resolvida.

Quando eu tinha 27 anos, namorei um ano com um cara de 29. Transei com ele na primeira noite e ele me disse, meses depois, que cogitou não me namorar por causa disso. Lembro de ter respondido “gato, se você tivesse feito isso, eu que não te cogitaria como homem pra mim”. Bom, fingi todas as vezes em que transávamos. Acho que eu via o sexo como uma coisa para o outro, uma questão de performance. Entrei na faculdade e, com o tempo e as conversas com amigas e a terapia, fui percebendo o crime que era fingir – um crime contra mim. Vi o quanto eu estava me privando do prazer de verdade. Eu não tinha o menor contato comigo mesma, não sabia identificar as sensações do meu corpo. Uma vez, oito anos atrás, um amigo falou uma frase que me marcou muito durante um papo sobre sexo com a galera: “você goza com a sua própria boceta”. Na época, não entendi o que ele quis dizer. A busca pelo meu orgasmo foi gradativa, não teve um marco. Um dia rolou com um ex-namorado, estávamos muito apaixonados, e foi muito poderoso. No começo do ano passado, estava super apaixonada por um cara com quem o sexo era algo muito legal e me levava a orgasmos cósmicos. Dividíamos as nossas fantasias, não tínhamos ciúmes de transar com outras pessoas etc. Uma vez, eu contei pra ele que tinha o fetiche de ser paga para transar… de me prostituir por uma noite. Fomos para um motel, trepamos loucamente, ele pagou e depois dormimos de conchinha.

Um dia eu estava na Vila Madalena com as amigas, num bar que sempre vou para beber na calçada. À uma da manhã, o bar fechou e elas queriam ir embora. Eu estava bêbada e queria continuar bebendo e conversando. Resolvi ficar sozinha, dei uma andada para ver se encontrava alguém… não encontrei e pensei “que merda, devia ter ido também”. Sentei numa esquina para tomar uma cerveja, meio abandonada, quando decidi ir para casa. Peguei um táxi na rua. O motorista era um tiozão argentino. Uns 55 ou 60 anos, grisalho. Conversamos normal, foi me dando vontade! Eu estava numa fase de viver outras experiências… eu já tinha feito ménage, beijado mulher etc. Eu vestia um micro-short nesse dia e, com essa cara de menina, era a perfeita Lolita. Não me lembro muito bem como, mas comecei a me insinuar no meio do papo. Não foi uma coisa planejada, foi acontecendo. Quando ele parou em frente à casa dos meus pais, eu tava com a perna entre os dois bancos… Ele colocou a mão na minha perna, depois dentro do meu short e foi indo. A gente começou a se pegar e eu falei “vamos para algum lugar”. Eu tava bêbada, mas sabia que meus pais estavam do outro lado do muro. Aí a gente foi para um drive-in na Vital Brasil, uma região pré-Raposo Tavares e todos motéis.

Eu não me lembro nem o nome dele, não sabia se era casado ou tinha filhos. No caminho, perguntei se ele tinha camisinha e ele disse que não. Então o fiz parar numa farmácia ou não teria conversa. Eu não queria nem que ele me beijasse… Eu queria um pinto e ele tinha um. Não queria me relacionar. Em geral, é o inverso que acontece, né? Eles que querem só isso da gente. Transamos por quase uma hora, foi ótimo, mas eu queria ter o controle para não virar putaria demais. A situação impôs um nível de adrenalina para que eu ficasse ligada porque envolvia riscos. Eu tava com um desconhecido, né? O pinto dele era gigante, não brochou, me comeu delícia. Acho que não tive orgasmo, mas eu amei ter feito. Quando a gente estava na porta da minha casa, antes do drive in, cheguei a dar 20 reais pela corrida. Aí, no final do sexo, eu perguntei quanto ele iria me pagar. Falei sério! Ele ficou chocado, acho que imaginou que tinha sido escolhido… Ele disse que não era nada disso e eu pedi, pelo menos, meus vinte contos de volta. No mínimo, a gente sai no zero a zero.

Ele me levou para casa e ficava passando a mão no meu rosto, dizendo “ai, linda”… E eu tava tipo “sai, cara, não é isso”. Quando cheguei, estava meio apavorada, me achando uma louca e preocupada porque ele sabe onde eu moro. Eu falava pra ele “eu nunca fiz isso antes, foi a primeira vez, não me procura mais, isso nunca aconteceu”. Ele falou que tudo bem e jamais reapareceu. Passei várias semanas abrindo o portão de casa e com medo de ele estar ali. Acho que até hoje ele deve bater punheta pensando em mim. Deve rolar no mundo dos taxistas essas lendas e ninguém acredita, né? Ou acham que aconteceu com uma velha gorda… Contei para a minha melhor amiga, meio com medo de me julgarem, e ela disse: “para de contar que eu tô ficando excitada”. Eu não me senti culpada nem que tivesse feito algo errado. Mas eu sentia que eu devia ter me sentido assim, entende? E não, eu só pensava que o corpo é meu e faço com ele o que me der vontade.

Depois da primeira, contei a história para outras amigas. E elas também conheciam casos de outras pessoas que fizeram o mesmo – se não com o taxista, com o mecânico etc. O que me chamava atenção é que elas perguntavam se eu tinha usado camisinha – mas só porque ele era taxista. Ninguém me pergunta isso se eu pego um cara na balada. Qual a diferença entre eles? Isso não é preconceito? Não tô nem aí se acham um absurdo o que eu fiz. Eu me senti com tanta posse de mim mesma, ninguém tem nada a ver com isso. Eu me vi no lugar que sempre é ocupado pelos homens. Ele com aquela cara de “você só quer me comer?” e era exatamente isso que eu queria. Só isso. Eu queria usá-lo, mas de uma maneira consensual. Continuo frequentando o mesmo bar, não sei se ele é taxista daquele ponto. Por um tempo, fiquei com receio de reencontrá-lo. Eu ia negar até a morte e dizer que ele estava me confundindo com outra pessoa. Porque, de fato, eu não era aquela lá.

HUNSAKER.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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