AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

CARNAVAL E AS PSEUDO-SANTAS…

Não é novidade para ninguém que o Brasil está em alta no exterior…

Porém, mesmo quando o país não gozava de tanto prestígio internacional, uma festa sempre chamou atenção dos outros países do mundo: o Carnaval. Milhares de estrangeiros, das mais diversas nacionalidades, costumam invadir o Brasil nessa época para usufruir da grande alegria que essa festa oferece. E, com os franceses, não é diferente.
Havia tempo que os amigos Benoît e Julien planejavam aproveitar os festejos carnavalescos no Brasil. Finalmente, neste ano, tudo deu certo. Escolheram Olinda e chegaram a essa bela cidade histórica pernambucana logo cedinho, no sábado de Carnaval.
Logicamente a intenção desses dois amigos não era só aproveitar a festa; tampouco era só conhecer a cidade, o país, as praias. Como muitos estrangeiros, principalmente homens, os dois franceses queriam conferir de perto, o mais perto possível, toda a beleza da mulher brasileira e, claro, desfrutá-la devidamente. Enfim, vieram atrás de todos os prazeres possíveis, sobretudo os da carne; e, para esse conjunto de propósito, o Carnaval parecia ser a ocasião mais adequada.
A respeito da beleza da mulher brasileira, queriam conhecer o seu artigo corporal mais famoso no mundo: “Le gros cul”, ou a grande bunda, no português bem claro. As francesas são lindas, sensuais; gozam de boa forma, mas falta-lhes esse importante atributo; esse poderoso estimulador do apetite sexual. Queriam deslizar suas mãos por uma verdadeira bunda, a brasileira; a melhor do planeta, segundo gostavam de frisar seus amigos que já estiveram por aqui. Descansaram na manhã de sábado, mas logo à tarde caíram na gandaia. Contagiados pelo envolvente som do frevo, maracatu e outros ritmos, ganharam as ruas de Olinda e correram animados atrás dos blocos, sempre atentos ao público feminino ao redor. Opções não faltavam. Mulheres lindas estavam para todos os lados. Sobravam corpos bem desenhados, exalando sensualidade nos movimentos. A grande quantidade até atrapalhava a escolha. Ficaram atônitos.
A mulher brasileira é, de fato, diferenciada. Tem uma ginga, um molejo, um movimento de corpo distinto das demais. Ela tem mais domínio sobre o corpo; faz dele o que bem entende. E quando ela agita os quadris, então…! Ah, perturbador! Tal remelexo é instigante, inebriante. Impossível não sonhar com o efeito de toda essa desenvoltura corporal dedicada ao sexo. Imagina potentes e largos quadris rebolando sobre o membro e o apertando!

E a forma perfeita das bundas!

Quantas lindas bundas!

Há belos exemplares em todos os cantos. Basta mudar o campo de visão para ver duas grandes bandas, redondas e firmes, balançando sensualmente ao caminhar. Se é excitante até para quem é acostumado, imagina para quem só raramente vê algo semelhante. Em Olinda, ao menos no Carnaval deste ano, a beleza da mulher brasileira estava muito bem representada. Havia fartura de belas mulheres e belas bundas, remexendo freneticamente ao compasso das músicas. Que espetáculo!
Estavam andando desvairados no meio de tanta beleza, quando Julien avistou ao longe uma morena inacreditavelmente deslumbrante. Era uma morena cor de canela; daquela cor que só achamos por essas terras. Lindos cabelos cacheados, alta, pernas fortes, ancas largas, cintura delgada e uma bunda enorme. Essas duas redondezas, em especial, chamaram a sua atenção. Nunca tinha visto bunda tão bonita. Os peitos pareciam ser de silicone; preferia naturais, mas isso não importava. Era essa! Comunicou a descoberta ao amigo, apontou a bela morena, mas ela estava relativamente distante, e Benoît, por ser um pouco míope, não pôde apreciar a contento todos esses deliciosos detalhes. Julien deixou seu amigo para trás e saiu em busca da escolhida.
Julien se mostrou um pouco tímido de início, pois a beldade era bem alta, algo em torno de 1,80m, pelos seus cálculos; e como era baixo, ficou inseguro por um momento. Mas era Carnaval; viera de muito longe; as piores respostas seriam um não ou uma atitude indiferente. Se nada tinha a perder, por que não arriscar? Aproximou-se. Tentou trocar algumas palavras, mas seu português era nulo; assim como o francês da pretendida. Tentaram se comunicar em inglês, mas o de ambos era bem rudimentar. Percebendo que a comunicação não avançava, Julian apontou para si e falou seu nome. Jéssica entendeu e informou o seu. Trocaram olhares amistosos, sorrisos receptivos; sinais de que o interesse era mútuo.
Como não sobrassem muitas atitudes, Julien avançou ao ouvido da bela e proferiu sensualmente o único elogio que lembrara em português: “Você é muito bonita!” Jéssica deu uma boa risada. Era um riso tanto por aprovar a iniciativa do gringo como por achar graça da pronúncia canhestra do nosso idioma executada pelo francês. A ousadia e o esforço de Julien sensibilizaram-na, e ela deixou transparecer mais interesse. O francês, que de bobo não tem nada, captou as intenções dela e partiu para o beijo. Todavia, Jéssica o recusou. Falou algumas palavras no ouvido de Julien. Inutilmente. Tentou passar o recado com o seu inglês básico, Julien entendeu menos ainda. Por fim, ela recorreu à linguagem universal dos sinais: apontou para o quadril e balançou negativamente os dedos e a cabeça.
Julien, fingindo aceitar a restrição, apenas dizia: “pas de problème, pas de problème!”. Na sua mente, contudo, já elaborara o prosaico – e nada original – plano de convencimento: algumas boas doses de álcool, e, mais tarde, ela cederia o que, agora, estava negando. Jéssica só entendeu o final da sentença: “problème”, que se assemelha na pronúncia ao nosso “problema.” Como Julien reagia com sorrisos compreensivos e não se afastou dela, Jéssica interpretou que ele aceitara sua condição e traduziu o que ouvira como “sem problema, sem problema,” o que estava certo. Com tudo acordado, não restou opção a não ser entregarem-se aos beijos, que foram distribuídos, de parte a parte, lautamente.
A essa altura, Benoît tinha ficado bem para trás. E, apesar de sucessivas abordagens, ainda não tinha conseguido nada. Até que ele avistou, na calçada, uma belíssima morena, parada, como se estivesse pensando na vida ou esperando alguém, envolvida com seu copo de caipirinha. Não tinha visto a de Julien direito, mas estava certo de que essa mulher superava a que seu amigo fisgara. Já que estava corajoso por conta do efeito da bebida, ousou uma investida mais direta. Ela, que igualmente estava sob forte influência do álcool, não ofereceu muita resistência; e logo ambos estavam aos beijos bem ardentes.
Julien, que fora atender às urgências fisiológicas impostas pelas cervejas e que demorara a encontrar local para aliviar sua bexiga, quando voltou ao ponto em que deixara Jéssica, flagrou-a aos beijos e carícias efusivos com Benoît, seu amigo. “O que é isso?! O que está acontecendo?!” Indagou Julien em francês. Benoît, que ignorava as circunstâncias, quis saber por que o amigo pedia explicação. “Ela é minha garota! Ela é minha garota!” respondeu Julien. Benoît, então, retrucou que não sabia que a morena estava com ele. Jéssica, desconfortável no meio daquela discórdia, tentou acalmar os ânimos e intermediar o conflito.
Percebendo que não passava de um mal entendido, os dois amigos se acalmaram. Mas ainda existia um impasse: quem ficaria com Jéssica? Ela, atinando que os contendores eram conhecidos, maliciosamente, começou a dar beijinhos em ambos, indicando um possível compartilhamento de suas graças. Benoît aceitou facilmente, mas Julien resistiu. Após alguma insistência de Jéssica, esse começou a ceder. E Benoît, em tom descontraído, soltou, em português, uma sentença apaziguadora que aprendera: “É Carnaval!” Enfim, Julien aceitou a nova composição, e os três seguiram a folia abraçados. Cada amigo se posicionou num dos lados de Jéssica; e, cada qual na sua vez, com muita harmonia, dava e recebia beijos da tão caridosa morena.
Assim que os amigos ficaram sozinhos, ao Jéssica ir ao banheiro, Julien comentou a curiosa atitude da bela de informar que não cederia a qualquer pedido sexual. Benoît, aos risos, afirmou que, para ele, ela fizera os mesmos gestos: apontava para o quadril e dizia não com os dedos e com a cabeça. Ambos riram novamente ao comunicarem o plano de convencê-la com a ajuda do álcool.
A noite avançou, e os três estavam totalmente inflamados. O álcool já cumprira o seu papel de desinibi-los ao máximo. Decidiram procurar um lugar mais reservado para satisfazerem o desejo lascivo que se apoderara deles com toda intensidade. Dirigiram-se para o apartamento que os dois franceses tinham alugado para passar a temporada. Parecia que os amigos tinham razão: a bebida faria Jéssica mudar de idéia.Sem perda de tempo, rumaram logo para o quarto. Peças de roupa ficavam pelo caminho. Por exigência de Jéssica, talvez por um resquício de timidez, as luzes foram apagadas. Faltava tirar apenas a calça e as roupas íntimas da morena, Benoît e Julien já estavam pelados. Os dois amigos juntos se ocuparam em tirar essas últimas peças, sempre acariciando o enorme traseiro de Jéssica. E só a essa região eles se dedicavam; nem tocavam na frente. Disputavam às cotovelas a primazia pelas carícias naquelas majestosas redondezas. Eram realmente lindas. Duras, empinadas, brilhantes. A pele que as revestia era sedosa. Indescritíveis eram as sensações ao acariciá-la. Os dois brigavam com vigor pela honra de ser o primeiro a se enterrar na pequena cova guarnecida pelas duas gigantescas semiesferas de sólida carne.
Vendo que os dois não chegariam a um acordo, Jéssica cobrou uma decisão. Julien alegou tê-la visto primeiro, por isso deveria ser o agraciado. O argumento pareceu justo a Benoît, que permitiu o privilégio ao amigo; depois trocariam de posto. Julien tratou de tomar o seu lugar naquele precioso recanto. Deitou-se na cama e conduziu o quadril de Jéssica para repousar em seu membro. Benoît, em seguida, mergulhou para se afundar na cavidade dianteira, quando sentiu um prolongamento estranho e perguntou admirado ao amigo.
– Julien, você tem certeza que está bem acomodado aí?!
– Absoluta. E nunca com tanta hospitalidade. Respondeu o amigo.
– Pois, se o meu está em minha mão, a quem pertence esse outro obelisco?
Então Benoît atinou com o fato. Jéssica não era totalmente uma mulher, faltava algo. Aliás, sobrava. Revoltado, ele começou a esbravejar como um louco e gritava em francês:

“Ela é homem, ela é homem.”

 

Jéssica, admirada com a reação de surpresa do gringo, notou que ele não entendera os seus gestos quando se conheceram e relembrou: “Eu avisei, eu avisei.” Julien, que já estava em êxtase com o prazer que desfrutava, não ligou a mínima para a discussão; quer dizer, incomodou-se um pouco, porque, na confusão, Jéssica se movimentara e o fizera perder o tão confortável ajuste. Mexeu-se um pouco para retomar a anterior posição e disse ao amigo: “Calma, não faça drama!” E completou com a tal sentença apaziguadora, gritando com alegria: “É carnavallll!” Essa última frase dita em português. Jéssica, em tom bem maroto, acompanhou Julien: “Isso….É Carnaval!” Benoît, durante um tempo, olhou pensativo aquele quadro, deu as costas e, da única maneira que lhe sobrara, encaixou-se naquele arranjo.

Afinal de contas…

É Carnaval!

HUNSAKER

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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