ALGUMAS SANTAS NÃO SE DEIXAM ROUBAR… SERÁ ?
- 7 anos atrás
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- por hunsaker
Semana passada adentrei na intimidade de uma paciente. E fiquei surpreso em saber que ela ainda pratica algo tão antigo quanto o casamento moderno.
Ela é gerente de uma rede de loja da cidade. A cidade é pequena, assim, a rede de loja também é pequena, todavia, é ela a gerente de lá, e ela confessou:
– Quando eu preciso, eu roubo dinheiro na carteira de meu marido.
– É mesmo? E desde quando?
– Desde sempre! Mamãe fazia assim com papai. Eu faço também com ele. O dinheiro que tá na carteira é dele. Eu sou mulher dele, também é meu! – Justificou-se
Este comportamento, é comum neste nosso mundo, cercado de tecnologias, cheio de mulheres inteligentes, independentes, bem sucedidas.
Sei que muitas colegas, leitoras e amigas pensarem que não, e recriminar tal ação. Mas, é assim que acontece.
Outra curiosidade que descobri conversando com ela, é a maneira “antiga” como ela trata o marido. Certamente, também herança do comportamento da mãe .
– Eu vasculho tudo dele. Carteira, Face, MSN, bilhete no bolso, marca de batom.
Ela faz marcação forte e direta sobre ele.
– Homem é assim mesmo. E mulher também. Se eu pego “neguinha” rodeando ele, eu rodo a baiana, e até deixo ele de castigo. Faço “beicin“ de choro!
É curioso como “cada um é cada um” neste mundo. Ela age assim. Vez em quando vai passar uns dias na casa da mãe. Faz teatro. Demonstra irritação. Faz “briga”, … faz tudo para manter o relacionamento. Age de forma emocional, passional, racional para chegar ao lugar onde estava.
As vezes é sério. As vezes encenação. As vezes usa a verdade, noutros casos, mente. Usa tudo que é lícito e ilícito. É democrática e ditadora. Mas, faz tudo para manter o marido dentro do seu cercado, e evitar a entrada de outra nos seus domínios.
– Sai pará lá, que este marido é meu!
São mulheres que foram ensinadas a ser responsáveis por seus maridos. Se eles lhes são infiéis, elas se irritam, e correm para fechar as brechas e acabar com os motivos que facilitaram a escapulida, e ou eliminar as razões que ele teve para ir atrás da sirigaita. Por outro lado, se são elas quem vem atrás do homem dela, ai a coisa fica feio para aquela que pensou que poderia aproveitar-se dele, bem como, pensou que poderia engana-la tomando-lhe o marido.
– Mulher descarada eu pego pelo cabelo. Se não for assim, eu perco meu marido.
Este sentimento de posse, esta nomenclatura “meu marido” é levado a sério, e defendido de forma agressiva, e também passional, com todos os cuidados que mulheres do tempo de minha mãe tinham.
Elas defende o seu direito de esposa como um traficante defende a boca de fumo.
O mundo mudou.
As ciências evoluíram, mas, o relacionamento homem e mulher em muitos aspectos, em muitas regiões, muitas famílias, não mudou, e percebo, que nunca acabará.
IGOR HUNSAKER.
Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.