AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

 Mentir é a forma mais clara de descobrir

uma verdade…

Grito aos quatro ventos que eu quero honestidade e sinceridade acima de tudo. 

É o que eu peço para as pessoas que me rodeiam, e me sinto seguro quando sei que estão me dizendo a verdade sobre qualquer assunto que eu apresentar, até mesmo os mais banais.

Mentir para mim não serveria de nada…

O que acontece é que, às vezes, é a mim que falta sinceridade ou, pelo menos, é assim que eu penso em um primeiro momento. O que eu tento explicar, em outras palavras, é que ter sido sincero comigo mesmo quando na realidade não era foi muito mais difícil para mim do que engolir uma mentira alheia.

“Que sentir-se valente fale uma mentira,
quer sentir-sr covarde fale a verdade…”

Menti para mim mesmo porque acreditei que seria mais fácil …

Sempre tinha acreditado que as pessoas mentiam para mim por covardia, porque todos sabemos que ser sincero é muito mais complicado. Também sabemos que na hora de dizer não ou falar uma dura verdade, entram em jogo muitos fatores que podem ser escondidos com a mentira.

No entanto, a experiência me ensinou que mentir para os outros talvez possa ser um ato de covardia (entendendo que não se pode generalizar); mas, mentir para si mesmo é um ato que faz o medo escorrer por todos os poros do nosso corpo.

Aquele que mente muitas vezes para si mesmo pode ter um problema de outra índole, mas quem mente para si mesmo em momentos pontuais provavelmente está ocultando uma verdade que lhe dá medo, e não sabe ou não quer saber. Neste tipo de situações, eu menti para mim mesmo porque acreditei que seria mais fácil seguir em frente.

A verdade é da mente e não se pode contradizê-lo

Ou melhor: não se pode seguir em frente desta forma porque as mentiras, em qualquer caso, nos levam a becos sem saída, a decepções, a sofrimento e a rompimentos (com nós mesmos ou com os outros).

Na verdade, entendi que a minha cabeça podia ocultar o que quisesse e que ela podia seguir em frente por si só, mas nunca poderia avançar por inteiro. Ela não podia enganar a minha mente: ele não podia avançar se não prestassem atenção nele. Nada podia contradizê-lo e, ao mentir para mim mesmo, só estava negando a sua verdade.

“Gosto de gente capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar tirar da cabeça aquilo que não sai do coração”.

Percebi então que na luta entre o coração e a razão, quando se tratava de mim mesma, o coração sempre venceria: mentir para mim mesma me fez ver que eu não estava sendo sincera e que tinha que sê-lo. Talvez tenha percebido tarde demais, como costuma acontecer cada vez que nos sentimos meio perdidos, mas fazer isso me permitiu começar a ser feliz.

Olhe para você e velha a verdade na sua face…

Para conseguir fazer isso, tive que me atrever a me olhar por dentro, superar todos os meus monstros e enfrentar o que não queria me ouvir dizer em voz alta. Deixei de mentir para mim mesma quando eu fantasiava demais com qualquer coisa, deixei de mentir para mim mesma quando me apaixonava e não queria, quando pensava que havia superado algo e na realidade não era assim…

“Você merece o melhor do melhor porque você é uma daquelas poucas pessoas que, neste mísero mundo, segue sendo honesta consigo mesma, e isso é a única coisa que realmente conta”. 

Conforme eu ia crescendo, aprendi uma coisa que eu aplico e aconselho sempre que posso: que neste mundo tão cheio de nostalgias e cada vez mais frio, olhar para a nossa felicidade é uma exigência moral.

Tenho que me permitir ser feliz sempre que eu puder, porque motivos para não ser feliz existem sempre. Tenho que gravar sempre que eu duvidar de algo que me traz bem-estar, se não faz mal a ninguém, não posso negá-lo nunca.

Tenho que me dar essa oportunidade sempre que for possível: mentir para mim é sempre uma opção que não leva a nada além de descobrir uma verdade. 

Já temos mentiras suficientes.

IGOR HUNSAKER

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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