AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

Hoje, nunca mais…

SANTA 9057, 40 anos, sempre quis ter uma família e, por consequência, ser mãe.
“Adoraria ver a minha projeção andando por aí, porque filho é uma projeção, né?”, diz. “Careta” assumida, ela explica que sempre atrelou a ideia de filho a uma família completa.
“Não tenho nada contra quem faz produção independente, mas cresci em uma família muito ausente, pouco estruturada, e decidi que, se fosse para ter um filho, seria com alguém legal que topasse formar um núcleo presente.”
Só que a “conjunção astral” de período fértil, pessoa legal e vontade de ser mãe não aconteceu.
Bel foi casada durante nove anos (está separada há oito meses, por razões que nada têm a ver com maternidade, ou a falta dela) e sentiu o relógio biológico bater forte dos 30 aos 35 anos.
“Eu quis muito.
Queria a família Doriana, que nem esses adesivos de carro que têm a mãe, o pai, os dois filhos, o cachorro e o gato.
Só que, quando comecei a falar do assunto, meu marido foi categórico:
‘Ó, se você quiser ter filhos, não é comigo que isso vai acontecer’.”
Foi difícil para a produtora, que foi aconselhada pelas amigas a aproveitar uma noite de bebedeira do marido para “esquecerem” da camisinha.
“Mas isso ia contra a minha vontade de só ter um filho se fosse numa situação legal”, explica.
Ficou com isso na cabeça durante sete anos, se perguntando se estava disposta a abrir mão daquela vontade, até que se deparou com uma foto do filho recém-nascido de um ex-namorado.
“Não fiquei chorosa, pensando ‘poderia ter sido eu’.
Não senti nenhum vazio e foi ali que saquei que realmente não preciso de um filho”, explica.
Bel sabe, porém, o peso que isso teve em sua vida – principalmente para os outros.
“O problema é que as pessoas não aceitam isso.
No começo até falava mais sobre o assunto.
Depois, parei de me explicar.
Não devo nada a ninguém.
Isso não quer dizer, no entanto, que ela esteja isenta de julgamentos.
Depois da fase do “e aí, quando vem o de vocês?”, ouvido em almoços em família e chás de bebê – a que ela faz questão de ir, porque adora crianças –, agora Bel é vista quase como uma ameaça.
“É como se eu não valesse nada porque não tenho filho.
Não sei o que é amor, não sei o que é cuidar de outra pessoa, me doar…
E, ao mesmo tempo, acham que minha vida é perfeita, que não tenho problemas.
Não sou a pessoa mais feliz do mundo e nem com tempo sobrando só porque não tenho filho.
Mas também não acho que vou morrer sozinha só porque não tem alguém para me amar incondicionalmente.
Acho ruim projetar na criança um buraco seu”, provoca.

HUNSAKER.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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