AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

Mãe, eu?

Aos 22 anos, SANTA 33241, uma menina do interior de Minas Gerais, decidiu ganhar “a cidade grande”.
Partiu para São Paulo e, enquanto aprendia o ofício de manicure, se descobriu grávida do namorado.
“Ele era uma pessoa difícil, aparecia quando queria e eu aceitava”, admite.
E não sentiu a alegria que costuma ser associada à maternidade.

“Aquele filho significava parar tudo o que estava fazendo e voltar para Minas”, diz ela, que logo decidiu abortar.
Na primeira consulta médica descobriu que o feto já tinha quatro meses.
“Mesmo assim perguntei sobre um aborto e o médico disse que ninguém faria”, lembra.
“Primeiro fiquei desesperada, depois brava comigo e com o pai, que, se fosse mais presente, poderia me ajudar na decisão. Passei duas semanas usando roupas largas para esconder a barriga.”
Passado algum tempo, Alessandra assumiu que não queria aquele filho.
“Não estava preparada.”
Sem saber o que fazer, pediu ajuda a uma amiga, quetinha uma história de adoção na família.
Acabou chegando a uma agência onde o processo é feito de forma ilegal, sem consentimento ou parecer do Estado.
O casal interessado no bebê de Alessandra deu suporte financeiro e psicológico até o fim da gravidez, o que ela reconhece ter sido imprescindível para que o processo ficasse um pouco mais fácil.
Mesmo assim, assume que foi a coisa mais difícil que já fez.
“Não é fácil entender que seu filho, que cresceu na sua barriga, vai ser mais feliz com outras pessoas”, diz. Ela lembra que era difícil ter aquele barrigão, as colegas perguntando o sexo e o nome, e ela sem saber o que dizer.
“Para os desconhecidos, criava uma história, que estava casada e que ia parar de trabalhar para criar o nenê.”

Com o fim da gravidez, os sonhos deram lugar à realidade. Alessandra teve parto normal e pouco contato com a criança.
A mãe adotiva tinha tomado hormônios para produzir leite e foi quem o alimentou desde o nascimento.
“Foi muito dolorido voltar pra casa sem o bebê. Passei mal, queria conversar com alguém, mas não podia.
Para piorar, acabei mudando de emprego e de casa para garantir que o mínimo possível de pessoas soubesse o que tinha acontecido.
Uma semana após o parto, me vi sozinha, com o corpo inchado e sem bebê.
Foi a pior semana da minha vida.
Sofro até hoje por não poder contar isso a minha família.
Eles não entenderiam – minha mãe não falaria mais comigo. Imagina passar pelo maior trauma da sua vida e não compartilhar?”
Hoje, depois de sete anos de muita terapia, Alessandra entendeu que não se arrepende da sua decisão, mas sim de não ter condições de proporcionar a vida que queria para a criança. Mesmo sete anos depois, o assunto ainda é a pauta de 70% das sessões com a psicóloga.
Alguns traumas, porém, já foram superados. “Sei que minha vida e a dele são muito melhores por isso. Não tenho a sensação de que é meu filho que está por aí porque mãe é quem cria.
Se eu resolvesse procurá-lo, ele seria o filho de outra pessoa”, desabafa.
Mas Alessandra ainda alimenta o sonho de ser mãe. “Acredito que vou achar um homem para casar e formar uma família direito”, aposta.

HUNSAKER 

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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