AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

Conheça as histórias de cinco pacientes que escolheram a prostituição como profissão…

Paciente 9759, 20 anos, prostituta há seis meses no Rio de Janeiro, cobra R$ 400 e faz cerca de quatro programas por dia, de uma hora cada.

Comecei a fazer programa há seis meses. Antes, eu trabalhava como babá e no meu último emprego ganhava R$ 400 por mês. Hoje, ganho R$ 1.600 por dia. Estava desempregada há mais ou menos um ano e lendo os classificados de emprego acabei parando na parte de garotas de programa. Vi que elas ganhavam em uma hora o que eu levava um mês para receber, aturando patrão. Procurei uma agência, fui entrevistada e no mesmo dia comecei a trabalhar. O primeiro homem já estava lá me esperando, um coroa que devia ter uns 50 anos. A dona fez questão de dizer que era a minha estreia em programa. Deu nojo, queria que acabasse logo. Faço programas principalmente na Barra da Tijuca (bairro nobre do Rio). Geralmente os homens, em sua maioria casados, marcam em motéis, poucos são em casa. Quando eu comecei tinha namorado, mas com o tempo fui tomando nojo de homem. Eles são todos iguais: traem as mulheres. Tem cara que chega no motel e liga para a mulher todo cheio de amorzinho. Dizem que sair com prostituta não é traição, mas eu acho que é. Sempre que eu saio para um programa eu sinto uma angústia, um medo de não voltar mais, de encontrar alguém violento, que não queira pagar. Antes eu trabalhava com agência, mas agora faço tudo sozinha, me exponho mais. Não tive muita chance na vida, fiz o Segundo Grau, mas quero mudar. Não sei bem o que eu quero da vida, mas o que eu não quero eu sei: não quero continuar fazendo programa. Tenho clientes fixos, que aparecem toda semana, com a mesma história. Já recebi propostas de casamento, mas eu não aceito, porque eu sei que o cara vai se casar comigo numa semana e na outra estará na cama com prostituta. Já ganhei uma moto de um cliente, que eu vendi. Em pouco tempo, eu consegui pagar todas as minhas contas e comprar computador, roupa, celular da moda, tudo. O difícil de largar essa vida é se conformar em trabalhar depois para ganhar uma mixaria. Minha mãe sabe o que eu faço, só ela. Eu tive uma briga com uma das meninas da agência e ela de vingança ligou para a minha mãe e contou tudo. Minha mãe é evangélica, conservadora, mas entendeu o meu lado. Ela sabe que não gosto mas já viu que por enquanto não tem jeito. Uma coisa estranha que aconteceu é que hoje eu perdi a vontade de fazer sexo. Não tenho mesmo. Acho que é mentira de quem diz que gosta, mas agente finge para o cliente ficar satisfeito. Não tem como você gostar de uma coisa que envolve dinheiro, você sabe que está se vendendo. De vez em quando eu fico deprimida e aí vou ao shopping e compro algumas coisas para esquecer.  Vestido de roupa de marca de R$ 400 e penso: isso só me custou uma hora de trabalho. Meu sonho é andar pela rua como uma pessoa normal, saber que eu sou normal, que eu trabalho em algo normal. Hoje em dia, quando eu ando por aí, eu fico pensando que as pessoas olham para mim e pensam: essa mulher é prostituta. Me visto normalmente, sou discreta, até porque às vezes eu tenho que ir à casa dos clientes.

Mas, para mim, está escrito na minha testa: sou prostituta.

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Aline, Paciente 77859, 21 anos, trabalha na noite há dois anos, em São Paulo, cobra entre R$ 300 e R$ 500…

Eu sou de Minas e comecei tem uns 2 anos. Uma amiga minha trabalhava aqui na noite e eu vim para conhecer. Gostei e vim para ficar. Vim por necessidade mesmo. Na minha cidade eu terminei o colégio e não tinha emprego nem nada para fazer. Contei para minha mãe assim que vim para São Paulo. Ela não fala nada porque eu ajudo com dinheiro em casa. Meu pai não sabe. Acha que tenho namorado e que trabalho com ele. Minha irmã mais nova também sabe. Já veio para cá duas vezes e também fez programa. Mas disse que não gostou de São Paulo para morar. Eu cobro de R$ 300 a R$ 500 e dá para tirar cerca de R$ 10 mil por mês. Eu estou juntando dinheiro para abrir um negócio na minha cidade e voltar a morar lá. Acho que em mais um ano eu consigo. Gasto R$ 500 com beleza. Perdi minha virgindade aos 18, quase 19 anos, e tinha transado apenas com duas pessoas. Não faço programa com homens que usam drogas ou que não me tratem com respeito. Faço aula de axé e caminhadas todo dia. Durmo por volta das 3h, 4h. Não faço programa mais tarde que isso. Acordo meio-dia e fico na internet, na casa das minhas amigas (outras prostitutas que moram no mesmo prédio).

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Juliana, 23, Paciente 2234, cobra até R$ 800 por programa

Comecei com 18 anos e fiquei um ano na ativa. Depois fui estudar, comecei a trabalhar vendendo roupas em uma loja, namorar. Fiz dois anos de jornalismo de moda. Fiquei 4 anos um pouco afastada da noite e voltei há um. Uma amiga minha me levou para a noite. Na primeira, a recepcionista da boate me convidou para fazer um show. Depois do show um gringo me fez uma proposta boa e eu acabei saindo com ele. Não venho trabalhar sempre. Moro com minha família e ninguém sabe o que faço. O dinheiro aqui é muito fácil. Em uma hora você ganha o dobro, triplo do que ganharia em um mês em outro lugar. Trabalho também com eventos e divulgação de produtos em uma agência. Quando comecei a namorar ainda fazia programa e ele sabia. Essa vida vicia. A juventude da gente não é para sempre. Tenho que me preocupar com meu futuro. Durante os quatro anos que fiquei estudando eu vinha de vez em quando, as vezes depois do trabalho. Vinha quando batia a necessidade. Minha família é de classe média, e meus pais têm a mente bem aberta, mas iam ficar assustados se soubessem por causa da educação que me deram. Eu venho por vaidade, capricho mesmo. Quero comprar alguma coisa e venho. Pretendo um dia não vir mais. Mas acho que eu sempre vou acabar vindo nem que seja para rever pessoas queridas. Venho para trabalhar e não para me divertir. É uma troca: eles veem em busca de prazer e a gente oferece companhia. Muitos nem querem sexo, querem sair para jantar, estão viajando e as esposas estão longe, não conseguem arrumar uma companhia bonita. As vezes tenho orgasmo. Depende do cara mesmo. Muitas meninas acabam enjoando de homem e viram lésbicas. Quando eu não sinto prazer eu tento disfarçar ao máximo. Os pontos positivos do programa resumem-se ao dinheiro fácil. Os negativos são os de não conhecer a índole da pessoa que você está saindo, não saber o que ela pode fazer com você, além das doenças. A maioria dos programas são rápidos.

Rola muita ejaculação precoce.

A molecada demora mais.

Não faço questão de gente bonita, só exijo que seja higiênico.

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Erika Paula, Paciente 11487, 22 anos.

Comecei há 2 anos. Sempre quis ser modelo, tinha contrato com uma agência e venceu. Aí me chamaram em outra e eu não tinha dinheiro para ir. A amiga da minha irmã fazia programa e me trouxe. Comecei a frequentar sem fazer nada, depois de um mês é que topei fazer o programa. O primeiro foi péssimo. Era minha primeira noite, senti que estava me vendendo. Perdi minha virgindade com 17 anos, tinha transado com 3 caras na vida. Estava insegura, com medo de violência. Fiz 3 meses de jornalismo. Quero voltar a fazer faculdade, mas não tenho tempo. Durmo às 8 da manhã, acordo às 15h. Sou stripper, quase não faço programa. Ganho cachê. Programa eu cobro no mínimo R$ 600. Gringo às vezes dá caixinha no show. Gosto de homem que me trate como mulher e não como puta. O ruim da noite é que rola muita droga, muito vício. Já tirei R$ 5.000 num mês, mas geralmente tiro menos. Prefiro os homens entre 40 e 55 porque são mais maduros tem alguma coisa para passar. Meus pais sabem mas não aceitam. Moro com eles, minhas 3 irmãs e meu irmão. Sou a caçula. Sempre dancei, fazia jazz, natação, fiz teatro, curso de passarela. Minha família é de classe média. Já fui muito mimada por eles, agora que tô mais velha sou eu quem pago minhas coisas. Só gasto com necessidade, coisas de mulher. Gasto uns R$ 500 de cabeleireiro e cuido da minha alimentação. Se eu pudesse eu também lançaria um livro, como a Bruna Surfistinha. Eu não escondo de ninguém o que faço.

Não sou santa.

Sou prostituta.

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Satiny Sehn, Paciente 99834, 18 anos

Comecei a fazer programas em agosto de 2005, numa boate. Antes, já tinha transado com uns 20 caras. Chegava a dividir os meninos com uma amiga. Mas depois que eu virei garota de programa ela me virou as costas. Até hoje me lembro do meu primeiro cliente, o André. Ele era um cara muito lindo. Só achei meio estranho na hora de receber o dinheiro, pois me senti usada. Mas depois me acostumei. Tem muita menina que diz que faz por dinheiro, mas acredito que a gente tem de ter vocação. Quem atua em telemarketing usa a voz, quem trabalha com computador usa as mãos, eu uso o meu corpo.

Qual é o problema?

Não tenho vergonha do que faço. Acho que nasci para isso. Ainda moro com os meus pais e não saio de casa porque amo a minha família. Eles não aceitam, mas acabam convivendo com isso. Sempre foram protetores e nunca me negaram nada. Tanto que quando fiz 18 anos, ganhei um carro de presente. Minha mãe é gerente de joalheria e o meu pai é bancário. A gente tem uma casa confortável, de quatro quartos. Eles descobriram que sou garota de programa porque minha mãe encontrou roupas sensuais, perfumes caros e meu extrato bancário no meu quarto. Fui expulsa de casa, mas voltei. Ela tenta me dar conselhos, diz que isso não é profissão e que daqui a 5 anos terei outra cabeça e vou me arrepender. Meu pai pouco fala comigo e isso me machuca muito. Mas eu gosto de ser garota de programa e não vou parar. Me sinto bem com os clientes. Adoro sexo, o ambiente de boate, das bebidas, do cheiro, de dançar, fazer filmes, fotos e strip-tease. Não tiro menos de R$ 5 mil por mês.

Mas não faço por dinheiro.

Não me imagino sem tudo isso.

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IGOR HUNSAKER

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

Um comentário em “Conheça as histórias de cinco pacientes que escolheram a prostituição como profissão…

  1. Olá Hunsaker,

    Nós notamos que sua loja http://www.hunsaker.com.br, precisa urgente de uma transformação. O faturamento da Blockbuster fez com que não percebesse a necessidade de uma trasformação digital ao seu redor e recusasse diversas proposta da Netflix. Uma visão clássica de empresas estabelecidas no mercado: “se estamos faturando bem, não há motivos para pensarmos no formato do serviço, afinal de contas “em time que está ganhando não se mexe”.

    A Blockbuster DEIXOU DE EXISTIR! Não resista a mudança, sua loja virtual precisa um UPGRADE!

    https://cetrosites.com.br
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    Leticia

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