AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

UMA SANTINHA FOI QUEM ME ENSINOU O QUE É SAUDADES….

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Partilho com você, cara leitora, um testemunho escrito que chegou às minhas mãos, escrito por um médico Neuropediatra, no qual ele relata sua experiência de vida ao cuidar de uma criança com câncer. Trata-se de um relato tocante pela sensibilidade, sabedoria e ternura humana.

“Saudade é o amor que fica” – diz a criança.

Esta é, sem dúvida, a mais bela definição de saudade que já conheci em minha vida.

Eis o relato:

“Como médico neuropediatra, já calejado nos meus longos 40 anos de atuação profissional (…), posso afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Recordo-me com emoção do Hospital, onde dei meus primeiros passos como profissional. Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela pediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças, vítimas inocentes de câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.

Até o dia em que um anjo passou por mim!

Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos de idade, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químio e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano! Um dia cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe… A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

‘Tio’ – disse-me ela –, ‘às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida’!

Indaguei: ‘E o que a morte representa para você, minha querida?’

‘Olha, tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama dos nossos pais e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é?’

‘É isso mesmo’ – respondi.

‘Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa d’Ele, na minha vida verdadeira!’

Fiquei sem saber o que dizer. Chocado com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e a espiritualidade daquela criança.

‘E minha mãe vai ficar com saudade’ – emendou ela.

Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei: ‘E o que saudade significa para você, minha querida’?

‘Saudade é o amor que fica!’ – ela me respondeu.

Hoje, aos 64 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica! Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo ‘meu anjo’, que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa.

‘Obrigado, anjinho, pela vida bonita que tivestes, pelas lições que me ensinastes, pela ajuda que me destes.’

Que bom que existe saudade!

O amor que ficou é eterno…”

IGOR HUNSAKER 

 

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Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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