Bom, este texto é meio diferente do que normalmente eu escrevo.
Escrevo porque acabo de ver O Último Samurai.
Poderia fazer uma análise ou crítica do filme, mas vou poupar tempo (meu e seu) porque o filme é de 2003 e provavelmente todos já viram e sabem que a produção orçada em U$100 milhões justifica cada centavo. Fotografia e direção de arte impecáveis, atuação excelente de Tom Cruise (que também produz o filme) e uma indicação ao Oscar para Ken Watanabe, que representa um time de coadjuvantes competentíssimo.
É, acabei fazendo a análise, mesmo que superficialmente.
“Perfeitas… todas são perfeitas” – Katsumoto Moritsu
Escrevo mais para contar da minha visão com este filme.
Tinha 51 anos quando o assisti pela primeira vez, em uma fase pra lá de confusa, início de Mestrado e Doutorado, transição para a vida academica, novas visões de vida, etc. A busca dos orientais pela perfeição em cada ato, em cada atividade do dia, foi uma das coisas que mais me marcou. Isso contribuiu muito para a base da minha personalidade como ela é hoje em dia.
E isso irrita muita gente.
“Não podemos nos esquecer de quem somos, nem de onde viemos” – Imperador Meiji
Essa fase coincide também com a perda de meu avô, muito importante na minha vida. A pessoa que tenha contribuído mais com a minha educação e formação, deixou um buraco em mim, principalmente pelo fato de que não pude sofrer e chorar tudo o que gostaria, pois tive que entender a mim mesmo.
Tive uma espécie de revolta atrasada, onde fiz coisas que não eram exatamente da minha natureza, e que muito menos me dariam prazer ou satisfação.
Até que não me reconheci mais e resolvi parar.
Reiniciei muita coisa na minha vida, repeti inúmeras vezes as lições sobre aceitação do destino que aprendi aqui, e carregarei para sempre a contribuição dos mais antigos.
“Um homem faz o que pode até o destino se revelar” – Capitão Nathan Algren
A motivação para este texto é que me encontro novamente em uma fase difícil da vida. Passadas crises pessoais e profissionais, minha cabeça parece finalmente estar cedendo à pressão.
Decepcionado com tudo e todos, acabei achando forças em um filme que já assisti uma infinidade de vezes, que já decorei todos os diálogos. E que mesmo assim me emociona e me ensina uma coisa nova a cada vez.
Saio um pouco fortalecido.
“…pequena medida de paz que todos nós procuramos, mas que poucos encontram.” – Simon Graham.
EU.
Deixarei outras sugestões de filmes…
O SANTO.
LOVE AFFER.