AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

Uma vez, há não muito tempo…

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Uma vez, há não muito tempo, me disseram: o objetivo último e comum a todos neste planeta é aprender a amar. O amor como meta maior, finalidade da qual vivemos esquecendo em meio a buzinas e relógios.

Temos medo de amar. 
Amor como “dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação”, como cantava o passarinho Rubem Alves. Amar é, por princípio, reconhecer o fim, saber da morte. A alegria de um encontro que, um dia, tornar-se-á dor das ausências.

Temos medo de morrer. 
Como no mais recente longa de Philippe Garrel, “O Ciúme”, em que o adeus permeia todas as relações afetivas. Uma narrativa de tentativas reais e sutis de suicídios. Não sei se “ciúme” seria o melhor nome para titular o filme. Existe ali algo maior do que simplesmente sentir-se enciumado. É a dor da morte que vem com o amor.

“A vida é devagar. Depressa, só a morte”, refletia o ipê amarelo Rubem Alves. O amor é devagar. Depressa, só a separação, o fim, sim, a morte. Morrer é rápido. Georges Bataille, no perturbador livro “A História do Olho”, afirma ser a morte o sentido último do erotismo. Marquês de Sade já dizia: não há melhor meio para se familiarizar com a morte do que associá-la a uma idéia libertina.

Gozar é suicidar-se um tanto. 
Deixar-se vazar, diluir-se, sair de si, abandonar-se ao outro. 
La petit mort. Uma morte pequenina a cada momento de prazer – tentativa de amar. Gozamos como quem morre. Tememos o amor como quem teme a morte.

Aprender a amar, portanto, é aprender a morrer. Aprender que a vida é despedida, que é encontro e é despedida. Não temer a morte é o segredo dos verdadeiros amantes – aqueles que amam. A eternidade reside no momento único e irrepetível do presente. De resto, é tudo começar e acabar, nascer e morrer.

 IGOR HUNSAKER

 

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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