AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

Ele contestou o que seria, e eu permaneci em silêncio…

PACIENTE 291121.9

Desde que adentrei no mundo da perversidade havia ouvido sobre a sodomia.

Para muitos, tal prática é sinônimo de escárnio. A mesma pode ser comparada a um pecado imperdoável, algo pútrido, enquanto que o outro lado a trata como um segredo saboroso, signo de prazer completo. Uma nova fantasia para apimentar a relação. Eu, jovem moça, ainda pura em relação a este assunto, não compreendia sobre. O sexo anal era mesmo tão difícil ao ponto de causar consternação, ou isso era apenas um exagero de minha parte?

Havia iniciado – de fato – minha vida sexual há poucas semanas. Em quase todos os encontros com meu namorado fazíamos amor como dois animais – sexo “convencional”, e sexo oral. Suscetíveis a estas ocasiões, nossos âmagos abrigavam o desejo. Nossas órbitas sempre se encontram e suspiram, gemem, pedem socorro pela exaustão, enquanto nos tornamos um. Era bom sentir ele dentro de mim, tão profundamente…

Usamos preservativos masculinos. Para mim, mulher, não há nenhum grande problema com as sensações. Além do mais, o cheiro do material me agrada. A embalagem vermelha causa arrepios: me faz pensar no proibido. Talvez por ser algo consideravelmente novo para mim. Mesmo fomentando aceitação por este método contraceptivo, por motivos misteriosos o desejo de tentar algo mais ousado crescia em meu interior.

Durante a masturbação fantasiava com o contato direto de nossos sexos. Com os fluidos misturados à nossa saliva – o “lubrificante” mais acessível –, em frenesi. Com nossos lábios famintos. Com nossas mãos cegas, perdidas, tateando em busca de amparo. Atingia o nirvana com a tez completamente vermelha, envergonhada pelo que havia acabado de fazer. Era uma jovem menina galgando rumo aos pecados carnais.

Durante o último encontro mais uma vez caímos no enlace da tentação: nossas bocas dançaram as músicas clássicas de Federico Mompou. O que antes era “secreto” em mim foi explorado por seus lábios e dedos. Retribuí as mesmas sensações com interesse. Por algum motivo a mão do rapaz tremia. Durante a penetração, um sorriso rápido e sincero adornava seu rosto. Ambos temos carne pálida, mas somente eu estava corada: – podemos tentar algo?

Ele contestou o que seria, e eu permaneci em silêncio. Interrompi o enlace lentamente, e levei seu membro até um local nobilitante.

– “Ali” nós vamos fazer sem, não é? Então vamos terminar isso antes, porque depois que tirarmos – ele se referia ao preservativo – não podemos colocar de volta.

E assim fizemos: nos amamos violentamente, na posição que ele chama de “cachorrinho”. De fato o nome recorda a bestialidade: a maneira como ele segurava minha cintura e arfava o assemelhava com um cão. Pude ouvir seus gemidos, sabendo que havia ejaculado no preservativo. Desfalecemos lado a lado. Nos mantivemos em silêncio por certo tempo, descansando, céticos, esperando pelo que aconteceria em seguida.

– Vamos fazer isso?

Foi difícil para que ocorresse a penetração inicial. Meu ânus era obviamente mais apertado e sensível, então tivemos de encontrar uma boa posição: de bruços. Ele cuspiu naquele local. Me penetrou com muita dificuldade em seguida. Eu sentia dor e uma sensação desconfortável, estranha. O moço tentou entrar em frenesi com seus movimentos, mas expressei um grunhido, implorando por paciência: – vai devagar, isso dói…

– Desculpa, eu não sabia…

Sua voz era piedosa e doce. Ele obedeceu minhas preces, ficando estático acima de mim, com seu membro posto na parte mais vulgar que poderia existir na anatomia humana. Permiti que se movesse pouco a pouco. Aquela prática não era tão ruim quanto pensava, apenas um pouco desconfortável. Não sentia lástima como no início, mas ao mesmo tempo não encontrava prazer. Algo confuso, não?

Mudamos de posição algumas vezes. Quando elegemos a “cachorrinho”, voltei a sentir dor. Era uma péssima escolha para mim, ser feminino, então voltamos a ficar de bruços. Fui submissa do começo ao fim, como sua fêmea: sentia sua força, a rapidez de seus movimentos, o quão fundo seu membro poderia ir em meu interior. Sua cintura era livre, e a minha estava confinada. Preservava essa hierarquia com muito louvor.

Seus movimentos vagarosos sinalizaram o inevitável: havia ejaculado dentro “dele”, fundo, entre gemidos de prazer, e sem qualquer proteção! Preocupada, fui ao banheiro e me certifiquei de que o esperma não escorresse até minha genitália – sentia ardência e vergonha, estava com o rosto completamente vermelho. Limpei um pouco do fluido e coloquei papel higiênico em minha calcinha para evitar qualquer acidente.

Transcorrendo a despedida percebi que o resto de seu esperma saia junto de um pouco de sangue. Era normal, aquela foi minha primeira vez realizando tal prática. Não sentia dor, e meu amor havia sido compassivo comigo. Imensa coincidência: durante as duas vezes em que esta flor foi desvirginada ela sangrou, mesmo sem desmazelos.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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