AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

Eu louca para tomar um banho.

PACIENTE 27821.1

      Na ocasião fui abordada por um sujeito insistente que queria me possuir de qualquer jeito. Sempre que transamos, meu esposo lembra daquilo, perguntando se eu teria coragem de dar para o desconhecido. E fica fantasiando como teria sido, se eu tivesse aceitado a proposta.


      Sou uma mulher comum, dona de casa, mãe de dois filhos, trintona, com algumas gordurinhas e celulites. Coxas grossas e bunda volumosa. Fora meu marido, só tive um outro homem na minha vida. Transei com um primo, com a cumplicidade do meu marido. Não tive coragem de fazer ménage, porque achei constrangedor me entregar a outro homem na presença dele.
      Meu esposo vivia sugerindo para a gente repetir aquela aventura de prostituta faz de conta. Eu tinha gostado da experiência também. Assim, resolvemos fazer de novo. Deixamos nossos filhos com meus pais e fiz os preparativos de praxe. Na sacola, leve uma blusa decotada, microssaia e sandálias de salto alto.
      Moramos no grande Rio de Janeiro. Pegamos o trem até a Estação da Luz. No banheiro, me troquei, tirando calcinha e sutiã, vestindo apenas aquelas vestes indecentes. Carreguei na maquiagem. Foi um pouco desconfortável andar naqueles saltos altos, me sentindo nua sem roupa íntima. As cosas de fora acentuava a exposição.
      Fui caminhando em direção a um parque que fica nas imediações. Meu marido vinha atrás, numa distância prudente, carregando a sacola. Percebi que muitos homens me olharam de forma cobiçosa. Alguns davam meia volta, indecisos se me abordavam ou não. Coração aos pulos, com medo de encontrar algum conhecido.
      Cheguei no Parque da Luz, onde várias prostitutas fazem ponto em plena luz do dia. Tínhamos combinado que desta vez, caso algum interessado agradasse, eu deveria avançar um pouco no papel de puta. Não demorou para um homem me abordar.
    – Oi, gostosa!
    Olhei e o que vi não me agradou. Muito feio e barba por fazer. O determinante foi olhar para sua boca, onde faltava alguns dentes frontais e outros que me pareceram cariados. Nas mãos, unhas compridas e com sujeira embaixo, denotando desleixo e falta de higiene. Descartei na hora:
    – Desculpe, estou esperando alguém.
    E assim, vários homens vieram conversar comigo. Tive um trabalhão para afastá-los, já que nenhum deles me agradou. Enquanto isso, as outras mulheres se esforçavam para atrair os homens numa disputa acirrada, se oferecendo abertamente.
    Não sei se por eu ser novata no local ou porque mesmo travestida de puta, os homens percebiam algo diferente em mim. Me senti um pouco mal por estar fazendo concorrência desleal a elas que batalhavam pelo pão de cada dia.
    Finalmente um senhor com aparência mais distinta me abordou:
    – Quanto você cobrar por um boquete?
    Boquete? Ele só queria sexo oral? Não sabia que havia dessas coisas também. Resolvi ganhar tempo:
    – Só boquete? Eu estou pensando.
    Ele caminhava ao meu lado. Me puxou para sentar-se num banco e sem maior cerimônia, tentou me beijar. Consegui desviar um pouco, com sua boca pegando minha face e o canto dos lábios. Suas mãos ávidas já foram apalpando os peitos que estufavam a blusa, os dedos pegando nos bicos que apareciam sob o fino tecido.
    Ainda atordoada pelo ataque sôfrego, senti dedos ávidos entrando por baixo da saia, tocando os lábios da bocetinha exposta. O homem pirou de vez ao constatar que eu estava sem nada por baixo. Com a ponta do dedo indicador, ficou forçando o orifício. Conseguiu introduzir um pouco.
    Olhei para onde estava meu marido que assistia de longe. Pensei em fazer o gesto combinado de socorro, porém, alguma coisa me impediu. Era nossa fantasia e eu deveria me virar como garota de programa que era. Relaxei um pouco e com a respiração acelerada, deixei que continuasse. Devo ter sentido prazer, não sei ao certo. A coisinha estava ficando úmida com meus sumos.
    – Olha, estou com pouco tempo. Te dou cinquenta pelo boquete. Vamos ali.
    Me conduziu até uma zona vazia, atrás de uma árvore. Soltou o cinto, abaixou a calça, levando junto a cueca. Apareceu um falo rijo. Me fez agachar e ficou aproximando o quadril do meu rosto. Com a mão na minha cabeça, firmava ela enquanto tentava encaixar o membro inchado na minha boca.
    – Vamos, vadia, chupa aí, vai!
    Meu marido com certeza estava por perto assistindo. Não consegui vê-lo. Por um momento pensei em sair correndo. Todavia, ver aquele membro vigoroso, com veias cheias de sangue causava estranha excitação. Aquela visão obscena ante os olhos, despertou a devassidão que existia em mim. Quando dei por mim, já tinha aberto a boca e deixado que a pica lustrosa entrasse nela.
    Eu estava chupando a vara de um desconhecido! Só cuidava para que os dentes não atrapalhassem. O homem segurava minha cabeça com as duas mãos e praticamente fodia minha boca. Estava copulando nela à toda. Eu ali inerte, sem reação.
    Ele gemia cada vez mais alto. A coisa engrossando dentro da boca. Radio língua e céu da boca. Até que ejaculou. Tentei desesperada tirá-lo de mim, impedida pela força com que suas mãos crispadas seguravam minha cabeça. Os primeiros jatos atingiram o fundo da garganta. Era gala e mais gala que saia com seu pau latejando sem parar.
    De repente ele relaxou. Consegui me desvencilhar e incontinente, cuspi fora o que pude. O gosto de porra era tudo que senti. Até tossi tentando expulsar o que estava lá no fundo. Não deu. Não tinha como evitar de engolir o esperma gosmento. Peguei o dinheiro e corri para o banheiro fazer gargarejo.
    No banheiro tinha outra retocando a maquiagem. Meu marido me esperava fora do BWC. Dava para ver que estava excitado, com o volume aparecendo na braguilha da calça. Ansioso, perguntou:
    – E então?
    – Você viu?
    – Vi tudo. Pensei até que você ia dar para ele!
    – Foi só um boquete. Me pagou cinquenta, ó o dinheiro. Já chega, né? Vamos embora!
    Estendi a nota para ele guardar. Meu marido pegou o dinheiro, colocou no bolso e surpreendentemente disse:
    – Eu estou louco para te foder, Leila. Quase gozei vendo você chupando o homem. Mas ainda é cedo. Vamos ficar mais um pouquinho, está?
    – Vamos embora, amor. Daqui a pouco vem um maluco e me estupra aqui.
    – Isso não vai acontecer. Vamos brincar mais um pouco.
    – E se não tiver jeito e eu fazer um programa com alguém?
    – Ora daí, né. As putas estão aí para isso. Você está na chuva para se molhar. Se você gostar do homem, não tem nada demais, tudo bem?
    Teve outras abordagens. Uns tentando tirar uma casquinha, outros fazendo ofertas e eu sempre afastando todos com a desculpa de estar esperando alguém. Andando para lá e para cá, reparei num senhor que não tirava os olhos de mim. Toda mulher percebe quando está sendo desejada. Porém, estranhamente ele não se aproximou.
      Aquilo despertou minha curiosidade. Resolvi então chegar mais. Ele estava se sentando num banco. Com a cabeça, fiz um gesto para meu marido, apontando para onde ele estava. Me senti no banco da frente. Enquanto isso, meu esposo chegou com ar de quem estava apenas descansando e se sentou ao lado dele.
      Fiquei massageando as batatas das pernas que estavam doloridas de verdade. Disfarçadamente, erguia a saia deixando ainda mais visível a parte interna das coxas. Cruzava e descruzava as pernas, sabendo que eles tinham visão total das minhas partes íntimas.
      Com o rabo dos olhos, vi meu marido cochichando no ouvido do homem. Eu ali esfregando as pernas, às vezes abaixando para exibir os seios pelo decote. Meu marido contou depois que foi um espetáculo o show de exibicionismo e assistiu tudo com ereção total.
      Ficaram falando o quanto eu era gostosa. Meu esposo dizendo que se tivesse tempo, faria programa comigo. O inocente homem dizendo que esperava me encontrar outro dia, já que estava com pouco dinheiro. Mal daria para pagar o hotel. Meu marido deu um sinal de aprovação com o olhar e se afastou. Resolvi abordá-lo. Levantei e sentei bem juntinho ao homem, perguntando:
      – Quer fazer um programa gostosinho?
      – Querer eu quero, mas, hoje não dá.
      – Ué, por que não hoje?
      – É que estou com pouco dinheiro. Quanto você cobra?
      – Oitenta reais.
      – É, não vai dar. Ainda tem o preço do hotel. Amanhã você vai estar aqui?
      – Amanhã não sei. Quanto você tem?
      – Só setenta.
      Olhei para direita, onde vi meu marido acenando afirmativamente com a cabeça. Como dizendo ¨-vá em frente, vá! ¨.
      – Hoje não fiz nenhum programa. Então, vou abrir exceção. Vamos então?
      Fomos andando até um hotel ali perto. Me tranquilizei um pouco ao chegar na entrada e ver que meu marido tinha nos seguido. Subimos uma escada escura até um balcão usado como recepção. Eu já estive em outro inferninho daqueles, porém, esse me pareceu ainda mais feio e sujo.
      O recepcionista cobrou trinta reais e me deu toalhas surradas, mini sabonetes e preservativos. Só então, o coração começou a bater mais forte. Até então tudo parecia brincadeira. Só que agora, estava para acontecer de verdade. Eu estava prestes a transar com um homem estranho!
      Se já estava meio apavorada, mal entramos no quarto, o homem me agarrou. Beijou meu pescoço, as mãos ávidas passeando pelo corpo de forma libidinosa. Pega de surpresa, tentei reagir. Acabei atirada na cama, com ele em cima, pesando em mim.
      – Calma, calma.
      Sei lá o que as putas fazem nessa situação. Afastei seus arroubos como dava. Ele se levantou e apressado, foi tirando a roupa. Eu cama apavorada, sem saber o que fazer. Totalmente nu, ele veio me desnudar. Antes que rasgasse a vestimenta escandalosa que usava, tirei eu mesma.
      Quando ajeitei as vestes num canto, fui agarrada por trás e senti a coisa dura cutucando o vão das nádegas. A pegada diferente do meu marido, de macho apressado em possuir a fêmea. De penetrar nas minhas carnes consumando o coito. Peguei a camisinha e retirei da embalagem.
      De frente para ele, comecei a encapar o mastro rijo e pulsante. Fiquei preocupada em colocar direito para evitar problemas. Não sabia nada daquele homem. Pior que uma gravidez seria doenças que poderia pegar.
      Me fez deitar de costas e veio com o quadril entre as pernas, encostando a ponta na vulva. Fechei as pernas instintivamente, tentando evitar. Anos de casada me condicionou a deixar só meu marido me possuir. Ele se meteu no meio das coxas, assim, no seco, sem qualquer preliminar. Enfiou com força, causando dor. Soltei um ¨aí¨ forte e reclamei:
      – Devagar. Vai devagar!
      Possesso, ele não ouvia. Foi entrando mais e mais, forçando e penetrando cada vez mais fundo. Pela primeira vez na vida, fui fodida de forma animalesca. Meus gemidos altos, ao ritmo das estocadas fortes. Ardia, sensação de sexo violento. Indiferente às minhas súplicas e protestos.
      Devo ter lutado um pouco. Se a vida das putas é assim realmente essa vida de fácil não tem nada. Resignada afrouxei. Não tinha sido como imaginara. Meu corpo sendo usado e abusado. Como uma boneca inflável, balançando ao sabor do usuário. Nem dei por mim que a boceta estava agora úmida. Fazendo o naco deslizar melhor na gruta.
      Me fez ficar de quatro, metendo por trás. Com mesmo vigor. As bolas do saco batendo na minha bunda avantajada. Foi aterrador constatar que a coisa estava ficando gostosa! Isso mesmo. Eu estava sentindo prazer! Já rebolava facilitando as socadas!
      Com a mão passei a manipular o grelho. Senti um orgasmo vindo. Acelerei o movimento dos dedos. Nisso ouvi dizer:
      – Vou gozar! Ahhh, puta gostosa, vou gozar! Vou gozar!
      Continuei masturbando de forma frenética. Nisso ele empurrou fundo, parando abruptamente. As mãos crispadas na minha cintura, puxando meu quadril para o encaixe total. Só falo continuou pulsando dentro de mim. Seu corpo amoleceu. Exasperada gritei:
      – Não para! Não para, vai! Vai, mais um pouco!
      Ainda bem que ele passou a movimentar o quadril, estocando novamente de forma vagarosa. O orgasmo então veio, de forma intensa e forte. Todo meu corpo tremeu, a vagina preenchida piscando sem parar.
      Me deixei cair assim, de bruços na cama, com ele jogado sobre mim. Assim ficamos, até que sua vara amoleceu, saindo aos poucos. Ele recuperando aos poucos da ejaculação, beijou minhas costas dizendo:
      – Porra, que foda! Você é gostosa mesmo! Vou querer mais e mais vezes!
      Foi para o banheiro com a camisinha cheia de esperma balançando. Só então deus os quarenta reais que tinha e perguntou:
      – Como você se chama?
      – Leila e você?
      – Sou o Tomás. Você me dá seu telefone?
      Disse que era casada e era melhor ele me passar o dele. Cadastrei seu número enquanto me vestia. Nem quis tomar banho naquela espelunca. Deixei que me beijasse na face e sai correndo. Lá fora, meu marido me esperava. Fomos caminhando até a Estação da Luz, onde no banheiro, me livrei das roupas de puta e me travesti em dona de casa, casada e respeitável.
      No caminho de casa, contei como tinha sido. Eu louca para tomar um banho. Porém, mal entramos em casa, meu marido me agarrou, arrastando para o quarto. Mesmo dizendo que estava suada, me sentindo suja, querendo tomar um banho, ele me desnudou, caindo de boca na boceta recém usada.
      Possesso, tive de aguentar mais um tarado me possuindo de forma animalesca. Essa aventura tem rendido transas cheias de tesão. Já contei a história várias vezes e sempre, meu marido quer ouvir detalhes enquanto fazemos amor. Será que é assim também com outros casais liberais?

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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