AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

O amor não é jogo, é laço!

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Navegando na internet, me deparei com o termo malaxofobia. Descobri que malaxofobia significa medo de amar ou, mais especificamente, a aversão aos jogos amorosos e à sedução. Para ser mais exato, aversão a métodos de sedução pré-concebidos. Quem sofre dessa fobia opta quase sempre pela sinceridade direta.

Quando acabei de ler, pensei: – Bingo! Eu tenho esse negócio!

Especificamente, aversão a jogos amorosos e métodos de sedução pré-concebidos somados à sinceridade direta. Porque medo do amor é algo muito amplo e acredito que isso todo mundo tem, em maior ou menor grau. Somente os tolos não temem o amor. Porque o amor assusta.  Amar é passar a precisar. É perder a independência e se tornar depende do outro, do amor do outro. Amar nos coloca em estado de necessidade porque, quando amamos, ficamos vulneráveis, expostos a uma grande dor – a dor da rejeição.

Amar é correr o risco de precisar e não ter, de precisar e o outro não querer. É sorte, pura sorte. Sorte do desejo de um coincidir com o desejo do outro.  Amar é um ato de bravura, a mais pura contradição. Nada nos torna mais frágeis, nada nos torna mais fortes. ´Tão contrário assim é o mesmo amor´, já cantava o sábio Renato Russo. 

Sobre o medo de amar podemos falar em outro momento. Deixo apenas registrado que um dos maiores motivos para se temer o amor é o medo do seu fim e que, com ele, tenhamos que encarar o assustador monstro da rejeição. Muitas pessoas evitam o envolvimento por medo da perda. Evita-se o início com medo de enfrentar o fim. 

 Voltando à aversão a jogos amorosos e métodos de sedução pré-concebidos, vale lembrar que não estamos falando da sedução natural e fascinante que envolve todos os movimentos do desejo. Não existe amor sem sedução. Tudo o que ama e deseja, seduz. A sedução é linda, uma das melhores partes do enamoramento, mas a sedução é espontânea, não pode ser aprendida ou ensinada, ela acontece. E é aí que reside sua beleza.

É espantoso encontrar à venda manuais com ´técnicas e estratégias de sedução´. Mais espantoso ainda é acreditar que tem gente que acredita que funciona, e compra . É a lógica da modernidade que vende a ideia de que tudo pode ser comprado e que basta seguir o manual para conquistar o amor de alguém.  Amor, desejo e sedução não têm nada a ver com manuais e técnicas. Desejo não é mercadoria, não pode ser comprado.

Os joguinhos com métodos pré-concebidos de que fala a malaxofobia,  aquele nhê-nhê-nhê de criança, de gente insegura que precisa se apoiar em regras, bulas, receitinhas, modelos clichês de comportamento sobre como conquistar alguém, me causam aversão, sem dúvida.  Meu jogo é não fazer jogo e, quando pressinto as artimanhas em cena de um jogador com receitinhas prontas, minha sinceridade direta aflora com a velocidade de um raio. É minha fobia em ação. Minha sinceridade lembra muito a delicadeza de um elefante dançando com uma formiguinha – sem intenção, mas esmagadora.

Tenho a impressão, muitas vezes, de que quanto menor a idade do sujeito – metal ou física – maior sua capacidade e desejo de jogar. Na fantasia talvez de que fazer jogo duro (ou não dar mole) o torna um partido mais atraente ou mais desejado. Para mulheres – MULHERES – ele se torna nada mais, nada menos, que infantil e cansativo. O tipo ´gostosão´ é coisa de menininha.

Não tenho paciência para indiretas. Posso parecer indelicado, mas não sou. Gosto das coisas simples e de me relacionar com o que é dito, e não de ficar imaginando ´ele disse isso, mas queria dizer aquilo´, ´disse não, mas no fundo, por insegurança, queria dizer sim´. Até pode ser que seja, mas cada um vai ter que aprender a lidar com suas inseguranças. 

Pra mim não é não, sim é sim; Se aceito é porque quero, se não aceito é por que não quero; se estou em dúvida, eu digo que estou dúvida. É simples. Simples e direto. Se por um lado pode assustar, acabando com alguns relacionamentos antes mesmo da brincadeira começar, por outro pode facilitar muito para quem sabe o que quer. 

Ser sincero significa, antes de mais nada, ser sincero com o seu desejo. Gostou da pessoa? Diga. Está a fim de ligar? Liga. Deu vontade de convidar pra sair? Convida. Sentiu saudades? Fala. O que pode ser tão ruim em assumir aquilo que se deseja? O que pode ser tão ruim em assumir afetos positivos?

Algumas pessoas são diretas em nome de sua ansiedade, que é diferente de ser sincera em nome do desejo. Relacionar-se com a ansiedade é se relacionar com o medo de ser rejeitado, com o medo da frustração das expectativas que criamos em nome dos nossos sonhos de amor. Tem mulher que não toma determinadas atitudes porque acha que elas devem partir do homem; tem homem que não demonstra seus sentimentos porque acha que isso é coisa de mulher; tem mulher que não transa no primeiro encontro para não parecer fácil e homem que acha que não transar no primeiro encontro não é coisa de macho e por aí vai o trem. Todos preocupados mais com as aparências do que com a verdade sobre o que sentem.

Regras, regras e mais regras de um jogo que muitas vezes acaba gerando ansiedade, afastamento e solidão.

Não gosto de olhar para as relações, sejam elas amorosas ou apenas de interesse sexual, como um ´jogo´. Gosto dos movimentos de aproximação, como uma dança. A dança do desejo, uma dança a dois. Na dança precisamos do outro, nosso parceiro precisa estar atento aos nossos movimentos e nós aos dele; o ritmo que se estabelece é sempre particular, do casal. Com alguns parceiros a dança é mais lenta, com outros tudo é muito rápido, com outros ainda as coisas podem mudar de ritmo de uma hora para outra. Pisar no pé, errar, machucar sem intenção, parar e começar tudo de novo faz parte, nem sempre acertamos de primeira. O que importa mesmo é querer dançar, é olhar no olho, ir para o mesmo lado. Se a dança não evoluir, se a dupla não encaixar, sempre haverá outros parceiros no salão.

Faço aqui uma proposta, deixemos os jogos cansativos, perversos e infantis, para as pessoas de pouca imaginação. O encontro amoroso tem que fluir, deslizar, dançar – natural e instintivo. É feito de química, dupla, cheiro e desejo – não de regras e estratégias.  Nosso desejo é sábio, nosso corpo milenar, basta superar o medo de errar o passo, assumir o descompasso e ir em frente.

O amor não é jogo, é laço!  

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

Um comentário em “O amor não é jogo, é laço!

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