AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

ASSÉDIO EXISTE MESMO.

São três garotas com histórias diferentes, vivências diferentes, mas em situações tão comuns. Eu não sei o nome de nenhuma delas, não sei quem são, quais suas memórias e seus traumas. Poderia ter sido uma namorada, poderia ter sido a minha melhor amiga ou até mesmo você que esta lendo este texto. Poderia ser qualquer uma de nós que enfrenta, diariamente, pequenas violências que destroem nossa segurança e causam danos irreparáveis. Ainda não sei o que aconteceu com essas meninas, mas alguma coisa nelas deve ter mudado.

Adolescente sofre estupro coletivo em festa | Rádio Clube do Pará

Ela era loira, tinha cabelos lisos e usava óculos de grau. Uma das meninas mais bonitas que estava na festa, eu notei a sua presença assim que adentrou a porta do clube no sábado passado. A maioria dos caras também notou- até demais. Mas isso não parecia um problema pra ela, que se mostrava tão confiante.

A menina dançou todas as músicas sem se preocupar que estavam a olhando, bebeu algumas doses de tequila e dividiu várias latas de cerveja com sua amiga. A agitação fez com que ela começasse a suar e a alça da sua blusa cair o tempo todo do ombro. Ia oferecer uma joaninha para que ela se sentisse mais confortável, mas um cara chegou perto antes que eu pudesse tirar o objeto d bolso. Ele apalpou o corpo dela, e eu pensei: “Deve ser o namorado”. Não. Não era. Ela deu um tapa na cara do garoto, que, em vez de parar, chamou os amigos para intimidá-la e provocá-la. Ela saiu correndo, chorando. Toda aquela autoconfiança que eu notei minutos antes havia sumido e deu lugar a uma garota indefesa — que achou que um tapa na cara iria lhe dar mais segurança.

Não.

Não deu, na verdade tudo piorou…

***

Ela era morena, tinha cabelos curtos e olhos verdes. Estava no início da faculdade e foi chamada para uma entrevista de emprego — a primeira da sua vida. Num local majoritariamente masculino, a menina precisava atravessar um corredor para chegar à sala do gestor onde aconteceria a conversa. Claramente nervosa — não sei se pela entrevista ou pela situação -, a estudante dava passos largos como se o caminho fosse mais longo do que realmente era. Entre “elogios” como gostosa e “convites” como vem me beijar, a menina entrou na sala do coordenador.

Mas, ali, ela percebeu que o “futuro chefe” também fazia parte desse grupo. Elogiou seu desempenho, mas, mais do que isso, sua aparência. Ainda frisou o quanto seria estimulante para os garotos trabalharem com a presença dela ali. Agradeceu a oportunidade da entrevista, levantou-se da cadeira e fechou a porta daquela sala.

Mas a sua tristeza não ficou ali.

Foi junto com ela ao sair da sala, pois teve que fazer sexo para conseguir o emprego.

***

Ela era negra, tinha cabelos cacheados e baixa estatura. Saiu de casa, trabalhou, foi à aula e, quando chegou, ligou o computador. No seu Facebook, havia 10 notificações de comentários em uma foto que vestia uma blusa decotada. Na imagem, mensagens de “amigos” dizendo coisas como “gostosa”, “essa não é para casar” e “com uma roupa dessas, tá pedindo”.

A garota ficou inicialmente chateada e chegou a pensar em deletar todos aqueles meninos. Mas não o fez porque se sentiu culpada. Afinal, a foto estava realmente muito ousada e parecia se portar como uma garota fácil. Ela achou que merecia ler todas aquelas coisas. Apagou a foto e, desde então, não usa mais decote.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

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