AS SANTAS PASSEIAM NO INFERNO …

Santa não desiste, se cansa. A Santa tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A Santa paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A Santa completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a Santa muda de caminho, nossa, é fim de jogo para nós. Enquanto a Santa enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradeça! Porque no dia que a Santa aceitar tranquilamente nos dividir com o mundo, a Santa ficou mais compreensiva, a Santa parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a Santa cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E elas estão numa relação, não numa sessão espírita. A Santa entende e respeita nosso jeito, desde que nós a supramos pelo menos o mínimo das suas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Muitos homens não sabem, mas além de peito e bunda, a Santa tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. São damas, não dramas, procurem entendê-las. Santa não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver conquistar corpo e alma de uma mulher que na verdade são verdadeiras SANTAS.

RESPOSTA A SUAS DUVIDAS.

A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

Por escritas travestis anti-coloniais | by Céu Cavalcanti | Medium

Esse texto é a minha tentativa de esclarecer, breve e didaticamente, conceitos como cisgeneridade e cissexismo. Para isto, comecemos definindo dois conceitos importantes:

Pessoas cisgêneras: pessoas que foram designadas com um gênero ao nascer e se identificam com ele. Sinônimo de cissexual. Abreviado como cis.
Pessoas transgêneras: pessoas que foram designadas com um gênero a nascer e não se identificam com ele.

Essa definição é simplista e incompleta, mas a acho suficiente para os propósitos de uma introdução. Usando esta primeira definição, podemos concluir que um homem cis é uma pessoa que, ao nascer, foi designada como homem e, durante a sua vida, se identifica como homem. É importante não pensar em termos como “biológico” ou “genético” por três razões principais:

  1. Essa designação é feita, primariamente, constando-se a presença de um pênis ou uma vulva, e não através de qualquer teste biológico criterioso, exceto em:
  2. Bebês intersexuais com genitálias ambíguas. Nesse caso, a designação é feita baseando-se, vulgarmente, no que estiver mais próximo do padrão diádico (não-intersexual), muitas vezes com intervenções cirúrgicas coercitivas para “corrigir” o corpo da pessoa.
  3. Pois supõe-se que corpos “masculinos” ou “femininos” existem como categorias naturais e opostas entre si.

Esqueça momentaneamente as aulas de biologia e suas terminologias problemáticas (analisá-las e propor alternativas está além do escopo desse texto). Existem pessoas, através de diversas épocas e em diversas culturais, que tinham pênis e se identificavam como mulheres. Existem pessoas, através de diversas épocas e diversas culturas, que tinham vulvas e se identificavam como homens. Esse fato simples, mas difícil de aceitar, joga por terra a ideia de que um pênis, uma vulva, ou qualquer característica sexual secundária (como seios) sejam em essência masculinas ou femininas.

Outra ideia importante a se desmontar é que pessoas cis simplesmente “sejam” o seu gênero. Todas as pessoas se identificam como um gênero. Todas as pessoas constroem o próprio gênero. A única diferença é que pessoas cis tem o privilégio de não perceberem que o fazem, pois esse gênero lhe é dado de bandeja desde o nascimento, criando a falsa impressão de que uma mulher cis simplesmente “é mulher” pois tem vulva, ou útero, ou seios; enquanto que uma mulher trans* “se identifique como” mulher, apesar de ter um pênis, ou testículos, ou barba.

A isso se dá o nome de cissexismo: colocar pessoas cis como o padrão natural de gênero e corpos; ignorar, apagar ou considerar menos válidas experiências e corpos não-cis.

Cissexismo se distingue da transfobia por se tratar de uma violência velada, enquanto a transfobia se trata de violência explícita (mas não necessariamente física) contra pessoas trans.

hunsaker

Sou o que sou. Sou incoerente por vezes, sou sonhador sempre, temo o desconhecido sem contudo deixar de arriscar, tenho planos e projetos, construí e ví cair em minha frente castelos. Como um anjo voei aos céus mas longínquos, e como um cometa caí. A queda me machucou, contudo me fez mais forte. Sou falho e impreciso. Simplesmente indefinível, enfim sou apenas um IGOR mas, o IGOR HUNSAKER.

8 comentários em “RESPOSTA A SUAS DUVIDAS.

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